9 de abril de 2008

Oh, Bloody Hell!!!!


There's not a person in the whole wide world that defends teachers more than I do, but... too much is just too much!

This one is an hymn to sheer incompetence!!!!!!!

Discordo, como alguém disse, que os professores sejam a classe de inúteis mais bem paga do país. Mas, ele há coisas muito injustificadas. Ora tomem nota:

Que dizer de um caderno de apontamentos de Inglês (para o caso 9º ano, da filha de uma amiga da pessoa por trás da Blonde) que, desde Setembro, só vai em 11 páginas?

Dois dos sumários são, literalmente, "Conversation with the students" (Deus santo, "students" são os universitários, os miúdos pequenos são "pupils"). Que raio se passa em duas aulas que tanto se tenha de falar?

Voz passiva deu-se em seis linhas do caderno?! I mean, the passive in six lines??????? Ou a Blonde emburreceu de vez, ou os alunos são brilhantes, ou, ainda, trata-se de um método de ensino revolucionário.

E melhor, que dizer de se dar o Discurso Indirecto sem se terem aprendido todos os tempos do passado? Hello?! O Discurso Indirecto não presume reformulação frásica ao nível do tempo verbal?!

If I hadn't seen it with these very eyes I wouldn't have believed it!!!!!!

Perdoem-me a maldade mas sugeri à amiga em questão que fosse à escola pedir explicações que aquilo parece-me uma vergonha. A mãe a queixar-se que a miúda não estuda nada e teve nega à cadeira e mais o diabo a sete, vai-se ver o caderno e é o que é. Confesso que até a Blonde, com e sem PhD, tinha nega!

Conversation with the students?! What the hell is that?

20 comentários:

Manuel Rocha disse...

Hummm....esse prof não seria o mesmo que há dias num banco de jardim em Lagoa acabadinho de pintar escreveu o seguinte aviso bilingue : "Pintado de fresque/ freske pinte"?

De resto, cara Blonde...a praia é instituição nacional de ensino de Britânico ...pode o prof em questão ter aprendido por lá os seus rudimentos com o Cebola, cabo de mar que nos idos de setenta desatinava com as Bifas de biquini nos seguintes termos : " Madame, ai bitch- boce luque service ! Biquinu, não lique, fato de banho, veri lique !!"

Como elas não o entendiam, punha as mãos no assunto ( no biquini ), fazia que não com o dedinho em riste e a seguir opontava para uma respeitavel matrona com aqueles modelos de perninha, com ar aprovador...enfim...digno de cena para um filme do Tornatore...:)))

Carol disse...

;))) O que eu já me ri com o comentário do Manuel!

Agora, o teu post.

Blondie, em que mundo é que tu vives?!
Esse caderno tem tantos gémeos por esse país fora!! Esse sumário da "conversation with the students" é do mais comum, amiga! E, mentaliza-te, eu devo ser das poucas professores que ainda usa a palavra "pupils"! Aliás, a minha orientadora de estágio disse-me para só a utilizar nos planos de aula porque, e passo a citar, "é uma palavra muito difícil para eles dizerem".
Reported speech e passive voice? Coisa fácil! Já nem se fala na "idiomatic passive" (too complicated)!
E no 9º ano era suposto já terem aprendido todos os tempos verbais, mas a senhora se calhar anda distraída com tanta conversation!
Eu vejo de tudo nos cadernos, fichas e testes dos meus explicandos. Aliás, já acredito em tudo por isso sou tão crítica da classe docente e daí ser a favor dum sistema de avaliação diferente!
Acho que vou começar a digitalizar algumas das barbaridades que vejo (inclusivé nos manuais escolares) e fazer uma compilação!

Carol disse...

E ponho-me para aqui a criticar os outros e, depois, faços comentários com gralhas... Ups!

Blondewithaphd disse...

Este Manel é um poliglota!!!
Door yourself well because this be serious business! ;)

António de Almeida disse...

Pelos vistos não mudou muito desde o início dos anos 80. Agravou-se a indisciplina, perdeu-se autoridade, mas o eduquês lá continua. Aprendi mais Inglês durante 3 anos num instituto, do que em todo o ensino secundário.

Blondewithaphd disse...

Carol dear,
Tu não me assustes!!!! E a tua orientadora o quê?! Que não se dê a idiomatic passive no 9º até compreendo, agora que os pobres dos meninos não tenham de dizer pupils porque é muito difícil, coitadinhos, é que é uma barbaridade!
Queres ver que, na volta, também dizem que são "professors"? É que teachers é difícil de escrever!!!

Blondewithaphd disse...

Ai Antonio de Almeida, estas coisas afligem-me! Andamos no reino da patetice! Cpomo é qu este país se pode levar a sério e formar as gerações futuras? Impossible!!!

Tiago R Cardoso disse...

Estava para fazer um brilharete e avançar com um comentário em Inglês, acontece que o meu é um Inglês técnico, sorte que tenho a Carol a escrever no meu blogue e ela escreve muito bem, uma poeta em várias línguas.

Uma coisa é certa, pelo menos a professora conversa com os alunos, tem muitos por ai que se limitam a debitar as matérias e siga...

Blondewithaphd disse...

Bem Tiago, esta pelos vistos nem debita nem conversa! É mais uma salsichada em Portinglês e depois cada um que se vire.

Carol disse...

Na verdade, a 2idiomatic passive" já não se dá. Period. Não me referia só ao nono ano...

E que tal testes em que o professor ( de História, neste caso) escreve vezes sem conta "há" sem o respectivo "h"?!

Ó amiga, o que estes dois olhitos míopes já viram nestes quatro anos de explicações!

Carol disse...

É verdade, ó Blondie, sabes o que é que o Tiago anda a tramar? Esta história de eu escrever muito bem e coisa e tal, cheira-me a esturro...

Blondewithaphd disse...

Carolita,
Eu pensava que as coisas andavam más, tu deixas-me em estado de choque!! E depois eu é que não falo Português escorreito!!!!! Eu sou é um génio da língua!!!!!

Quanto ao Tiago, ... bem amiguita, dos campos do inimigo (leia-se a nossa eterna equipa contrária) espera-se tudo. So, as it goes in good English: expect the unexpected!!

Anónimo disse...

Numa de gozo pegado diria que o espanto teu, minha amiguita, deriva do não uso da batata nas tuas andanças culinárias.

A ausência desse suculento pedaço põe-te o cérebro como se andasses a LSD ... mas, infelizmente, ele há assuntos que não são dignos de gozo pegado por lamentáveis.

Esta amostra, atirai-vos ó ar, seria bem capaz de justificar de per si uma avaliação rigorosa e menos burocrática que a tua quase colega Maria de Lurdes quer fazer aos senhores professores.

E, por esta amostra, e por outras que bem te poderia mostrar, a justificar-se.

Obviamente que alguns, da escola do Mário Nogueira, diriam já que não, que também aqui a culpa é da Tutela ...

Aflitivo não é sumariar que se esteve em conversa com os estudantes/alunos, pois eu posso nessa conversação abordar temas que integrem a componente curricular e vertente pedagógica de forma escorreita e perfeita; aflitivo é sabermos que, quiçá, nenhum dos outros docentes, a começar pelo/a director/a de turma vê aquilo e se interroga sobre o que se passa; e o delegado de grupo (no meu tempo era assim que se chamava) que, com jeito, disfarça e faz de conta; e são os pais que, desde que os "chevalos" não chateeim em casa, se deixam ficar mudos e quedos ...

Acredita Blonde ele há seres assim na escola. E antes que alguns liberais dêem pulos de alegria afirmando que numa escola privada isto não acontecia, eu respondo-lhes que acontecia sim senhor ... só é preciso é ser amigo do chefe ou integrar as cúpulas!

Blondewithaphd disse...

Olha Quinn,
Lamentavelmente até é um colégio particular... Se é assim no privado imagino no público!!!!
Eu estou espantada (nem é da falta da batata, ó amigo isso é muito hidrato de carbono) é porque VI o dito caderno. A constatação ao vivo é um potente "clarion call" (não sei em português).
E digo-te mais, se aquele caderno fosse de filho meu, era garantido que me tinham naquela escola a pedir uma inquirição!

Carol disse...

Eu arriscaria mesmo que o privado ainda é pior que o público, mas vá, se calhar estão empatados...

Nuno Raimundo disse...

Ora aí está uma professora poupada.

Poupa nas canetas e nos cadernos aos seus alunos eheh

Mais a sério, se as aulas ao menos forem mais prácticas (faladas e lidos os livros) que teóricas ( com ditados e afins), acho que seja correcto esse tipo de ensino, pois dinamiza e faz interiorizar a lingua que se aprende.


Bjs

Anónimo disse...

Eu sei que viste e ainda bem que viste, pois há muito quem veja e faça de conta.
E se é num colégio particular, imagina!
Eles que tanto apregoam que no privado é que é.
No público, digo-te, nem é melhor, nem pior.
É igual.

Manuel Rocha disse...

Vi o "comercial" lá no outro lado e trago duas dúvidas:

1ª - "Quantos" são quantos ?

2ª - A transacção é com ou sem Blonde incluida ?

:)))

joshua disse...

Essa denúncia é excepcional. Eu, pelo contrário, chegava ao fim de um ano lectivo com os cadernos diários dos meus alunos com 80, 100ou mais páginas de puro trabalho prático, onde falar da Língua era sobretudo usá-la como uma plasticina macia, frígida e ardente nas nossas mãos.

Queixavam-se com prazer os meus alunos do oposto.

PALAVROSSAVRVS REX

antonio ganhão disse...

Blonde, sem particularizar, pois desconheço o contexto, atrevo-me: eis o que acontece quando os pais se preocupam com as notas e não coma qualidade. A menina não se aplica? Que tal dar uma espreitadela ao que ela anda a aprender? Também os pais são escola e não necessariamente a mandar nos professores, mas como tu muito bem sugeristes, sendo parceiros estratégicos. Um pai que esteja atento, faz muita diferença.