16 de julho de 2009

Bailinho ao Comunismo

É inegável: a silly season está aí em toda a sua "sillynês"!
O louro do regime madeirense iniciou a estação da parvoíce com uma hipótese de trabalho para a revisão da Constituição que preconiza a proibição do Comunismo.
Ora bem, se a Constituição da República Portuguesa institui a proibição do Fascismo, nomeadamente no tocante a agremiações de ideologia totalitária fascista, porque não dar-se uma nova redacção ao documento fundamental e tratar a esquerda mais esquerda com o mesmo grau de equidade? Não me parece tão despropositado assim. Afinal, tão nefastos são os totalitarismos de direita como os de esquerda, ou não será? Por conseguinte, parece-me racional que se a Constituição proíbe o Fascismo também proíba o seu oposto ideológico, o Comunismo.
Porém, estamos em Democracia, certo? Então o mais lógico não seria expurgar a Constituição de proibições fascistas? Porque é que uns hão-de ser proibidos e outros não? Proíbe-se o Hitler e deixa-se o Estaline à solta? Olha que democrático!
E assim, eis-nos aqui alegremente a dar generosos tempos de antena ao Sr. Alberto João Jardim. Dou-lhe os parabéns por esse feito e, mais, por me ter tirado da habitual cómico-indiferença com que reajo ao seu discurso.

10 comentários:

Eu Mesma! disse...

Ai linda...
acreditas que eu hoje estou tão loura que nem te entendi.,...

António de Almeida disse...

Exactamente, a Constituição não tem uma proibição a menos, mas uma proibição a mais...

Quint disse...

Andas falha de ideias, moça ...

antonio ganhão disse...

Os intelectuais sempre tiveram uma relação de fascínio com o Alberto João.

Daniel Santos disse...

Seria de de facto interessante acabar com as organizações com ideologia comunista, PCP e Bloco, que sé representam 20 por cento da população.

Seguia-se perseguição a quem defende-se e fizesse propaganda aos ideais comunistas.

Alberto João Jardim a caminho do partido único na Madeira.

Joaninha disse...

Já reparaste que é sempre ele que inaugura a silly season politica, porque será?

beijos

Anónimo disse...

Sempre que a democracia, a nível cívido ou ideológico, proíbe isto ou aquilo, surge-me sempre aparentada com a ditadura.

Dias as Cores disse...

Entendo posições ditatoriais como expressões de INTOLERÂNCIA e de MEDO do que é diferente de determinada linha de pensamento e acção.
A meu ver, a única coisa boa na sua existência é, o mérito de não optarmos por essa via...( o que, na nossa minúscula realidade, não tem nada a ver com votar BE ou CDS!), mas sim com as atitudes pouco tolerantes e preconceituosas, que, nas escolhas e nas palavras do quotidiano, por vezes deixamos escapar!

Carol disse...

Mais uma do JJ... Mas, infelizmente, há muita gente que pensa assim. Ai o fascismo, Deus nos livre mas esquecem-se o que foi o comunismo, o que fizeram Estaline, Mao ou Pot. A memória é, de facto, uma coisa muito selectiva...

Anónimo disse...

Vasco Pulido Valente põe hoje, n o Público o dedo na ferida. Não só desconstrói o raciocínio que acabas de fazer ( e que ainda ontem vi exposto pelo galã de Famalicão- o Nuno Melo)como conclui com o óbvio: AJJ é "a nossa vergonha". No covil de cobardes do PSD,é que ninguém percebeu.