2 de setembro de 2009

Regresso à (dura) Realidade


Desço dos vulcões na recusa de reentrar na atmosfera terrestre, como se fosse um vaivém espacial em falha técnica. Desligo-me de telemóveis, internets, contactos e nem aviso que regresso de Lanzarote.
São as melhores férias desta existência consciente (deixemo-nos de freudianismos que a infância foi um mundo àparte e não entra na contagem consciente). Adio ao máximo o embate com a realidade.
Adiar adio. Mas lá vem o dia e... Que é que descubro?
As obras no viaduto do Trancão continuam! Ó raios, mas eu esperava o quê? Vinha eu toda contentinha a pensar que o prazo de 24 de Agosto era, digamos, um prazo. Era. Enfim, o neurónio super-potente teve uma breve paragem cerebral ao acreditar em prazos de obras. Tadito.
Regresso a outras realidades. Mortes de gente próxima. Hoje. Por estes dias. Porque é que a Morte acontece no inesperado? Estou perturbada, sim. Claro.
Auto-diagnostico-me (boa, dois hífenes na mesma palavra!) SPPL. Não será fatal mas é um incómodo.
A máquina de fazer café avariou (tinha logo de ser agora?). Recorro à cafeteira de êmbolo e, no sono da madrugada, entorno tudo sobre a mesa. Such mess!
Vá lá, a 2ª Circular não estava nada má.
HEEEEEEEELP!

14 comentários:

Anónimo disse...

Queres vir um bocadinho até ao norte? Também temos uns engarrafamentos e tal, mas dizem que os ares são melhores e as gentes afáveis, pelo menos a acreditar no Júlio Dinis...
Eu até tinha uma rotunda nova quando cheguei de férias (e a casa cheia de pó. Rotunda... bah!).
Vim aqui ter porque disseste que o implume afinal tinha piada. Olha, que queres, identifiquei-me com o comentário, prontoSS (na impossibilidade de vires ao Norte aqui ficam marcas do linguajar).
Lanzarote é? Há muito que esse nome me chama...
:)

Abobrinha disse...

Em que é que essas e outras férias de redescoberta não foram realidade? Eu acho que foram realidade, embora qualquer coisinha mais doce.

Pensa nelas quando apanhares trânsito ou te irritares com obras (desculpa, mas nem comento o que disseste do "prazo").

E férias... estou a suspirar pelas minhas! Em verdadeira contagem decrescente! Também vou sozinha. Em constante auto-descoberta.

Unknown disse...

Ao ver a tua nota fiquei contente por teres gostado das tuas férias. É sempre importante termos algo de bom para recordarmos e nos dar suporte na continuação do ano.

O início parece-me muito atribulado mas por vezes nada quer dizer da continuação...

Anónimo disse...

Já ouviu falar do síndrome do regreso de férias?
Quanto ao atraso nas obras do viaduto do Trancão, esperemos que não aconteça como com a linha Vermelha do Metro. Abriu na segunda-feira, mas as obras deveriam ter ficado concluídas em 2005!

antonio ganhão disse...

Estes funcionários públicos têm fraca resistência à decepção...

Daniel Santos disse...

bem-vinda ao mundo normal.

Eu Mesma! disse...

Nem me digas nada... essa das obras do trancão....

é que de manhã eu não passo lá mas... quando vou à noite para casa uma das opções para casa é passar por lá... credo qque filas que eu apanho à meia noite... :(

Pedro disse...

regressos, quem os não tem
cafés, quem os não bebe
mortes, quem as não vive
sonos, que não sejam eternos
vida, acontece sempre
inesperados, não se esperam
fatal, o destino
imortal, o amor

António de Almeida disse...

A síndrome pós-férias é efémera, na próxima semana tudo estará no lugar de sempre...

Pedro disse...

falaste-me de amoras? por aqui onde estou nem amoras nem amores, parece um deserto, quem me dera dessedentar-me... podia ser de amoras, podia ser de amores, esta é uma terra sulfúrea, de águas, santas, dizem uns, que dirão outros

ah eu acho deserto em tudo
e num deserto
que tesouros no deserto

não ligues
efeitos de águas
e desertos

Zélia Maria Matos disse...

Olha olha a Susaninha por aqui.
Blondinha estás a ver como o mundo é pititipititi.
Quanto a regressos à realidade... bem eu reagi com vertigens tal a ... adiante adiante

:))))

Dias as Cores disse...

Que importa...

o trânsito
a espera
o atraso imprevisto
e as obras no caminho

Se a máquina do café,
se avaria
e em redor
tudo chia,

SE

SE

se
o mundo
parou de girar

se
gira ao OIRÁRTNOC

ou gira contra nós

Se
temos sede
nascida de deserto


se
não temos amoras
no AGORA

se
as águas teimam em arrastar-nos

QUANDO
POR DENTRO
há obra feita,

quando
a força é tal
que tem que ser escondida,

quando
a Alma SE encontra
e se partilha?

(SIM, querida Blonde, acho q este post foi uma inteligente manobra de diversão...)

Joaninha disse...

Que bom ter-te de volta Loirinha.

beijo grande

JOY disse...

Olá Blonde,

O regresso de férias é sempre um momento complicado,o contacto com a realidade difícil de enfrentar mas c´est la Vie, ainda bem que as tuas férias foram bem gozadas.


Fica bem
Joy