25 de abril de 2011

São rosas...


Encarnadas, brancas, cor-de-rosa, pinceladas de cores. Todas foram plantadas pela Mãe há muitos, muitos anos. Conservo-as, nem sei bem como na minha falta de jeito. Sorte. Os cuidados de terceiros. O não se deixarem morrer porque isso me entristeceria. Não sei. Perduram. E nesta altura fazem-me sempre tão feliz. Ontem levei umas quantas ao cemitério onde a Mãe mora. Talvez para que Ela as veja e saiba que em muitas coisas não morreu. Talvez porque fosse Páscoa. Talvez porque me deu a saudade mais violenta do que nos dias em que a trago fechada com a proibição expressa de não sair.
Seja como for, nesta altura há rosas no jardim, e um trevo perdido no meio da relva, selvagem, dissonante de um jardim amansado. As rosas alegram-me. Não as cuido e não sei falar com elas. Mas elas sentem o importantes que são e não me morrem. Lembram-me a Canção de Salomão não sendo lírios e lembram-me uma mulher loura com um vestido de Verão às riscas azuis que cuidava tão bem delas...

4 comentários:

mdsol disse...

O meu bom dia é umtesouro

antonio ganhão disse...

E de entre elas tu és a mais frágil e a mais fascinante. A mãe, a todas as outras, lhes deixou a tarefa de tomarem conta de ti.

George Sand disse...

Não tenho a felicidade de ter rosas.Só uns quantos lírios que teimam em despontar todos os anos mais frágeis...mas teimam, mesmo assim, em despontar

Daniel Santos disse...

bonitas flores.