6 de abril de 2011

Saúdo o gajo que convenceu o Sócrates

... e se sujeitou a levar com um telemóvel arremessado à tola por entre uma chuva de impropérios. Só assim imagino que 48 horas depois de ter dito "Não! Jamais!", o nosso Primeiro tenha acatado a ideia de que o FMI era uma inevitalidade fatal como o destino luso. Se não for esse o caso, então considero que temos sido desgovernados por um alucinado kamikaze dos destinos colectivos de uma nação que depôs nele a máxima confiança e da qual ele nem esteve à altura nem, tão-pouco, soube honrar. Se o FMI é bom ou mau para nós não interessa. Entre estarmos depenados sem o FMI ou estarmos depenados com o FMI, as penas ir-se-iam embora de qualquer maneira. Quem vive do RSI não vai notar a diferença. Quem é dono de fortuna, já a retirou do país. Restamos nós, os nós do costume que sempre, e de qualquer forma, iríamos e vamos pagar a crise, iríamos e vamos pagar aos credores, iríamos e vamos pagar ao FMI, iríamos e vamos pagar os ordenados do PM e da classe política, iríamos e vamos pagar as eleições. Sim, saúdo o gajo que hoje deve ter dito: - Sr. Primeiro-Ministro, é hora.

3 comentários:

Anónimo disse...

Se vir as medidas impostas pelo FMI na Grécia e na Irlanda, vai perceber que não será a mesma coisa... As nossas vidas vão ficar hipotecadas, pelo menos durante uma década.

Anónimo disse...

Ai Blonde... estou preocupadíssima com esta situação. Não sei o que vem ou deixa de vir, o dinheiro disponível ou indisponível, o que será daqui para a frente...

António de Almeida disse...

Qualquer solução será certamente melhor que a dupla Sócrates & Dos Santos. Se a receita do FMI for um corte brutal da presença do Estado na economia, então tanto melhor...