5 de agosto de 2015

Dia 4: Key Largo aos Everglades

Acordar no paraíso sem saber o que o dia trará. A paisagem muda, não o calor pesado de água. Outro dilúvio a meio da reserva índia feita para turista. Não me interessa. Siga a viagem debaixo da tromba de água. Pára a chuva e sei que vou cumprir um item da bucket list.
Os Everglades... Quero embrenhar-me, ver, cheirar, percorrer.Estas são hoje as minhas auto-estradas: mangais, sapais, o pântano sem fim. O que é que eu diria agora ao David Attenborough, ele que sabe que eu, de tudo, amei mais Rodes sem saber porquê. What would you say now Sir David? E sinto a presença da miúda das trancinhas louras que trago comigo. Tem nove anos e a vida toda programada como se fosse certa a programação. Hoje não a defraudei. Hoje não. Cumpri-a para que ela cumprisse o programa. I was here, Sir David.
Sorri o tempo todo. Não havia mais ninguém e tudo fui Eu enquanto o momento foi meu. O vento passava na velocidade do air boat no mangal. A menina das trancinhas louras estava lá quando a borboleta lhe pousou no braço e enquanto as aves levantavam voo à aproximação invasora. Na mente uma e uma só palavra: obrigada...

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