28 de outubro de 2015

26 de outubro de 2015

5

E eis-nos chegados ao grande e primeiro número redondo do Manel! Viva!
Viva a criatura que chegou para nos mudar a vida! Viva! A criatura que já faz desenhos antropomórficos. Viva! E que se explica muito bem e nos deixa perplexos nos seus pequenos, grandes passos de gigante rumo à Vida. Viva! A criatura que chegou para nos mudar o vocabulário todo e nos dar novos nomes de vida. Viva! A Tia já não sabe o que é não ser a Tia Bá. A Tia Bá... Viva!
Manuel, Tia loves you very, very much (and more and beyond)! Parabéns e Happy Birthday!

21 de outubro de 2015

Então é hoje?!

Pois parece que é hoje o tal de dia 21 de Outubro de 2015, o dia a que o Michael J. Fox ou lá como ele se chamava no filme chegava no futuro. Bom, o futuro está visto. O filme... nunca tive pachorra e até o DeLorean, o carro mágico-voador, passei em claro quando, há éons de tempo estive nos Universal Studios em Orlando e tinham lá um para a malta brincar.
Não sei porquê nunca nada nem no filme, nem na franchise me seduziu. Coisas...

Epílogo de um Divórcio: agora é que se lembraram!

Sete anos! Andei sete anos na justiça a tentar desfazer um casamento, no qual o grande, insuperável obstáculo era de ordem meramente material. Sete anos a desfazer um casamento nessa infame comunhão de adquiridos que, sei, agora, é o maior disparate que acomete às pessoas inteligentes que vão para o dito a pensar o melhor das outras pessoas e vem agora o Magno, Justo e Atempado Supremo Tribunal de Justiça dizer que sim, senhora, nem todos os bens do casal são bens comuns, nem podem ser bens comuns. Sete anos andei a pregar aos peixes! Sete anos de exibição e produção de prova. Anexos sem fim, documentos sem fim (tudo e só da minha parte, entenda-se, porque a outra só pedia) e agora é tudo pois sim, claro, nem tudo é comum.
Bem sei que a jurisprudência agora fixada pelo Magno, Justo e Atempado Supremo Tribunal de Justiça não ia desfazer muito mais depressa o meu infame divórcio que, descansa agora numa secretária algures no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem porque, no meu caso a coisa era mais flagrante por se tratar de heranças minhas por morte de quem mais amei na vida, heranças ousadamente disputadas por quem me recuso pronunciar, mas sempre me ia dar mais algum sustentáculo de razão na peleja que esta decisão tivesse vindo mais cedo.

Enfim, chega tarde a decisão, acórdão, jurisprudência ou a nomenclatura que lhe valha e tenho é de fazer uma vénia grata em nome dos outros, dos desgraçados que deste facto vão beneficiar. Talvez que a pena seja menor para muitas pessoas que ora disputam a vida nas barras dos tribunais e que não o podem fazer com os alicerces sobre os quais erigi a minha defesa e a minha vida. Mas chega, e isso já me deixa feliz e um pouco de nada mais descansada pela justiça (triste) deste país.

Só não consigo entender, por muito que me expliquem, como é que, em 35 juízes, 6 votam vencidos. Talvez seja por não saberem o que é levarem com o peso inclemente e incomensurável da injustiça em cima. Tivessem um futuro ex-cônjuge a pedir-lhes 100.000 euros de compensação por património próprio a ver se não votavam a favor! Digo eu que, apesar de sete anos, continuo tão ignorante da justiça como sempre.


18 de outubro de 2015

Não-marmelada 2015

Todos os anos é certo e sabido, chega esta época e lá me ponho de panelas ao lume a fazer a bela da marmelada. Pois este ano não.
Pus-me de panelas ao lume a fazer uma espécie inventada de compota de marmelos com especiarias: canela, anis, anis estrelado. Claro, açúcar louro e raspa de limão, como é óbvio em compotas.
Ficou uma coisa estupenda. Acompanha bem salgados (morcela assada então...) ou deixa-se comer muito bem sobre crackers ou bolachas-maria.
Fiquei foi com uma nódoa-negra no indicador de tanto marmelo descascar (é que a marmelada levava a casca e tudo...)

14 de outubro de 2015

Sempre detestei esta canção





E ainda mais o Paul Young (e é melhor nem falar do vídeo: ó monumento kitsch aos anos 80!). Pois... sempre detestei esta canção até a ouvir ontem, manhã cedo em auto-estrada, numa rádio nostálgica. Lembrei-me que existi naquele tempo e aí fui feliz. E, de repente, ao cabo de décadas olvidadas, uma coisa pirosa tornou-se lembrança e um sorriso. Bem-hajam os Paul Youngs desta vida.

12 de outubro de 2015

Banda sonora por estes dias

O Fortuna 
velut luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis;
vita detestabilis
nunc obdurat
et tunc curat
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
obumbrata
et velata
mihi quoque niteris;
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris.

Sors salutis
et virtutis
mihi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!

9 de outubro de 2015

Comfort movies

Ele há a "comfort food" e depois deve haver qualquer coisa como "comfort movies". Chegar a casa noite escura e ter um filme destes à espera para serões outonais que já pedem sofá com mantinha é uma delícia.
The Englishman who went up a hill but came down a mountain dá um fim de dia perfeito. Andava há séculos para vê-lo e valeu cada segundo de um Hugh Grant muito novinho (mind you, o filme é de 1995!) e uma história encantadora no País de Gales sobre uma colina, Ffynon Garw, que os locais querem, à força, promover a montanha. E lembra-me tanto aqui o meu campo rodeado por colinas, quiçá montanhas. Encantador...

7 de outubro de 2015

Chocolate para a Tia

Os pais foram de fim-de-semana namorar, algo que o Manel fez questão de divulgar a toda a gente:
- O Pai e a Mãe foram namorar - dizia a explicar o porquê de ter vindo com a mana passar o fim-de-semana a casa da Tia, a mesma que lhe explicou o que é que os pais tinham ido fazer (a Tia acha que se deve sempre dizer as coisas certas e verdadeiras às crianças) e o que é namorar:
- Dar beijinhos e miminhos e dizer "gosto muito de ti".
Entendeu perfeitamente.
Depois quando os pais vieram buscá-los traziam chocolates para os petizes darem à Tia:
- Toma, Tia, toma!
E a Tia adorou!

5 de outubro de 2015

Dióspiros 2015

Eu devia ter uns seis anos e era por esta altura. A Mãe deu-me uma taça com dióspiros e um colher de sobremesa. Aprendi a palavra sem a ter aprendido na outra língua, ou seja, foi das primeiras coisas verdadeira e 100% portuguesas que aprendi, uma coisa aprendida fora da tradução. Desde aí que dióspiros me lembram os primeiros dias de escola e bata branca rodada. Dióspiros significam primeiras chuvas e cheiro de terra molhada depois da secura do pó estival. Dióspiros são, paradoxalmente, o meu começo de ano. Depois sei que vêm as castanhas, as nozes, as folhas carmim e o tempo molhado com restos do calor que já se foi, o São Martinho e aquela altura do dia que nos surpreende por já não ser dia depois de meses a ser luz.
São o meu fruto favorito. Como-os às taçadas e não me lembro que alguma vez os tenha comprado. Ontem recebi-os de duas proveniências diversas. Estão a estalar com as primeiras águas e doces como mais do que o mel. Não vão sobrar porque a taça e a colher os esperam...

1 de outubro de 2015

No Dia Mundial da Música





- Tia, põe música - pede-me a criatura de quatro anos quando o carro começa a andar. Ligo a rádio e isto passa.

Manel acompanha a canção para espanto espantado da Tia.

- I'm on fi-i-i-i-ire. I'm on fi-i-i-i-re... Fireball! - Canta. E a Tia espantada a olhar pelo espelho retrovisor.

- Ó Manel, conheces esta canção?!

- Sim, Tia. É a canção da ginástica.



Ai... E entre as várias coisas espantadas que a Tia pensa, pensa no que lhe andarão a ensinar lá pelo colégio, pensa como é que uma criatura de quatro anos sabe estas coisas e pensa no gosto musical que se poderá estar a criar. Ai...



Anyway, Manel, this one's for you! Tia loves you!!!