22 de novembro de 2017

Dia 8: Ela, Nefertiti

Há sonhos na vida que fazem a nossa vida. Desde miúda que queria "conhecer" a Nefertiti, esta que aqui está no Neues Museum em Berlim. Por uma razão ou outra, ainda não tinha conseguido realizar este sonho. Sabia exactamente onde encontrá-la, sabia, de certo modo, que ela aqui estaria à minha espera enquanto eu viajava para e pelo país dela. Encontrei-a em Luxor. Encontrei-a no Museu do Cairo e no British Museum mas era com esta Nefertiti que eu mais sonhava. Esta é o símbolo da beleza eterna e da eterna juventude. Esta é a encarnação do mito.
Acordo sabendo que a primeira coisa deste dia vai ser vê-la. Que "bela" antecipação para o dia. Acho que as hordas que se deslocam ao Neues Museum o fazem para irem ver a rainha. Também o faço. Detenho-me uma boa meia hora embevecida a olhar para ela, a admirá-la na sala que ela domina como se num trono estivesse. É mais impressionante ao vivo do que nos documentários e nas páginas da National Geographic. Encarna o mito, enforma-o, é-o. Não tenho pressa em ir-me embora. Realizo o sonho e só posso agradecer ao que me trouxe aqui, a este dia, a esta sala: obrigada...

2 comentários:

Contacte-nos disse...

Olá Blonde,

Já cá não passava há uns aninhos :) sobre a Nefertiti, como sabes é o maior embaraço da diplomacia Alemã depois de ter sido tirada à socapa do Egipto. Por tal razão só a irei ver quando voltar a casa, quem sabe um dia, quem sabe no Museu do Cairo onde pertence.

João Castanhinha
http://joaocastanhinha.blogspot.pt

Dalma disse...

Da primeira vez que fomos a Berlim na ansia de comprovarmos o mal que o comunismo fez, a parte do povo alemão, quase nos limitamos a percorrer as ruas/avenidas de dia e ao lusco-fusco em busca desse comprovativo... No entanto dois Museus faziam parte dos nossos planos: o Museu Pergamon e o Museu Neues... mas só o primeiro visitamos.
Fizemos esta 1ª visita em Dezembro mas no dia escolhido, que era o último, nevava copiosamente e o meu marido estava com uma constipação/gripe(?) monumental... mas cheio de boa vontade lá se arrastou até às Portas do Pergamon! Porém não conseguiu entrar na porta ao lado para vermos a Nefertiti, já que era urgente o quente da cama do hotel.
Da 2ª vez o museu estava em obras e assim sendo só no ano passado pude ter o imenso encantamento de que fala.
Claro que também pensei no diferendo com o Egito mas tal como com o Friso do Partenon no Museu Britânico, pensei que estão lá muito bem (do meu ponto de vista, claro) pois, provavelmente se estivessem nas suas “terras natais” já não existiriam...