15 de dezembro de 2017

Dia 8: Berlin Turística-Siegessäule

A Siegessäule, ou a Coluna da Vitória, lembra-me sempre os filmes do Wim Wenders. Tal como a Porta de Brandenburgo, é um ícone de Berlim. Porém, quando hoje vemos estes monumentos e os encaramos como intrinsecamente corporizadores da Alemanha não temos presente de que se trata, efectivamente, de símbolos do orgulho prussiano. A Alemanha é uma coisa recente. Não é uma pátria, é um conjunto de pátrias cujo denominador comum é a ideia da germanidade. A Alemanha nunca poderá ser um país uno, só poderia ter dado no que deu: um país federal com muitas distinções entre estados que, mesmo assim, não contemplam todas as noções de nacionalidade que se acomodam no seu seio. A Siegessäule e o seu anjo anjo alado, a que os berlinenses chamam carinhosamente Goldelse, comemora as vitórias da Prússia (hoje maioritariamente em solo polaco), o mesmo que faz a Porta de Brandenburgo. Foi a Prússia que teve a ideia do "império alemão" e da unificação dos povos germânicos. A Alemanha não existiria sem a Prússia e quando dizemos que Berlim é uma capital imperial é porque, a partir de 1701, foi a capital da Prússia, logo capital do império que a Prússia arregimentou. Imagino o tumulto informativo que vai na cabeça do meu marido...

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