30 de novembro de 2009

Pelos caminhos de Portugal


Eu só tenho duas perguntinhas assim como quem não quer a coisa:
- QUEM FOI A MENTE BRILHANTE QUE PROJECTOU O TRAÇADO DO IP3, hein? Acho que nem no Norte de África eu alguma vez conduzi por uma estrada tão bera, horrorosa, mal sinalizada, perigosa e todos os etcs!
- QUEM FOI O SUPREMO MACHISTA QUE INVENTOU A CALÇADA À PORTUGUESA, hein? É tudo muito giro mas Blonde que é Blonde usa pumps e é um inferno a cada três passos lá lhe ficarem os saltos na calçada. Tenham dó!
Pronto, já perguntei!

26 de novembro de 2009

When the Muppets talk Freddy Mercury

Adoro uns e o outro (a Mãe então era fanzérrima de ambos!). Estão lá todos: o Animal, o Gonzo, o Kermit, o Swedish Cook e a fabulástica, inimitável, lourérrima... Miss Piggy. E todos homenageiam (hmm, I wonder if I got this word right...) o grande, o maiúsculo, o inolvidável Freddy Mercury. Será que já foi há 18, dezoito, anos?!

24 de novembro de 2009

Há tardes assim...


... com bolo de chocolate, capuccino, a cidade no bulício lá fora e a vista maravilhosa, a amizade que vem de longe, as conversas da vida e isso mesmo: a amizade.
Fabelhaft!

23 de novembro de 2009

Só neste país!


Esta coisa fantástica ouvi eu há bocado no noticiário da uma e reza assim:
Neste país de prodígios, os cereais de pequeno-almoço são taxados a 20%, os refrigerantes a 5% e os chocolates e bolachas a 12%. Acho muito bem! Que é isto de se comer cereais ao pequeno-almoço? Toca de pôr os petizes a manjar chocolatinhos com refrigerantes de bolhinhas que é muito mais saudável.
Mas quem é que faz as leis neste país? Ó valha-me Santo Cristo!

20 de novembro de 2009

Gramo esta tipa!

Quando eu me separei, a Pink cantava "So What?!" sobre enviar maridos às urtigas (bem a propósito! E os mails solidários que eu recebi com o vídeo). Gosto dela desde o início. E esta última música acho super divertida e só dá vontade de dançar.
Eu sei, eu sei, lá está o desgraçado gosto musical Blonde... Não se pode ter tudo...

18 de novembro de 2009

Portugal no Mundial

Ó sofrimento! Ó amargura! Muito eu curto estes apuramentos in extremis e à justinha!
Agora vejam lá o que é que me arranjam na África do Sul. Continuem assim que nem com a Nova Zelândia se safam.
Mas, enfim, parabéns, força, joguem para vencer, animem o povo que se não for pelo futebol, só nos resta a política para nos divertirmos um pouco.

Do tempo que não é: entre a realidade e a ficção

Assim, sem mais, no súbito inesperado, vejo o futuro. Emociona-me na lágrima involuntária e grossa que me inunda os olhos. Não a vês quando me olhas e me falas enquanto vais fazendo o que vais fazendo na mecanicidade dos gestos quotidianos. Respondo no sorriso riso. Não adivinhas o momento suspenso que me prende num limbo por detrás do sorriso. Passa depressa. Tão depressa como chegou, sem avisos ou permissões. Mas vi-o, ali, tão perto e tão substantivo.

15 de novembro de 2009

Depeche Mode Live in Lisbon - again



One word: AMAZING!
O que é que se diz de um grupo destes? Apenas os clichés todos de bons que são.
Gostei imenso do concerto deles há dois anos da "Touring the Angel" tournée, mas este "Songs of the Universe" está fenomenal. E o Dave Gahan pode ter tido cancro, torcido um tornozelo em Bilbao e cancelado onze concertos nesta digressão que ninguém nota (e ainda bem que fizeram Lisboa!). O homem é imparável! Toma o palco de assalto e prende-nos naquela voz de aço única enquanto nos deixa suspensos no carisma que dá a alma à banda. O Martin Gore, que seria frontman numa outra banda qualquer, arrebatou um Pavilhão Atlântico, onde já não cabia nem uma agulha, com "Home" e os novos arranjos em "I Feel You" e "Personal Jesus" foram, para mim, dos momentos mais fantásticos num concerto absolutamente memorável. Não se nota nada que sou fãnzérrima, pois não? :)
Em suma, os Depeche foram arrasadores, como sempre. Nós agradecemos.
Já a Selecção Nacional... enfim, no comments. Cá para mim até podemos ir jogar contra a Selecção das Ilhas Fidji ou a do Turquemenistão que mesmo assim passamos as passinhas (tanta passa, credo!) do Algarve!

13 de novembro de 2009

PINTEI O CABELO!!!!!!!!!


- Oh, my God!!! (ler em gritinho louro histérico)
Fartei-me dos brancos! Fartei-me resistir! Ontem tive assim uma epifania, virei o volante para fora do meu caminho e cá vai disto!
Aproveitei e... ah tesoura com ele! Divórcio novo, vida nova!
E então... GOSTEI! Passei de hiper-mega-loura para mega-hiper-loura:) Em linguagem técnica: o meu querido louro dourado passou a louro cinza, aquele tipo seara de palha. Não é mais claro, é... diferente. Não é bem o meu mas os brancos foram à vidinha deles e adeus minhas encomendas!
Ainda pensei que me ia dar uma onda nostálgica qualquer, que ia ter um ataque de nervos na cadeira do salão, que ia chorar de angústia e raiva pela mudança mas não. Hoje acordei e a Blonde continua no espelho. Que bom!
Que bom!

10 de novembro de 2009

Ai estes dias Blonde...


Cedo pela manhã, Blonde sai de casa. Spotty lambe-lhe as pernas. Carteira num braço, chaves de casa, chaves do carro, chaves do alarme da casa nas mãos. Porta para fechar.
- Spotty, sai-me daqui!
Blonde entra na carrinha. Toca o telemóvel. Não atende. Que esperem que ninguém vai telefonar a horas tão pouco cristãs. Blonde guia cem metros. O telemóvel toca. Blonde furiosa atende.
- Sim?
- Senhora Dona Blonde?
- A própria.
- O seu alarme disparou. Está em casa?
- ?!
- Já lhe ligámos e como não atendeu, já avisámos as autoridades.
- ?!
- Captámos a imagem de uma senhora loura na garagem.
- ?! Ó senhores, a senhora loura sou eu!
Gosto tanto quando o dia começa assim, logo pela manhãzinha...

8 de novembro de 2009

Die Mauer ist weg!


E o Muro caiu.
A Mãe chorou de alegria nesse dia. Via as imagens nocturnas na televisão e repetia, na mecanicidade da incredulidade, que o Muro tinha caído. Estávamos todos suspensos. Acho que tivémos, por instantes, medo de que houvesse uma qualquer revolução sangrenta, que as coisas não fossem bem assim ou que a súbita liberdade fosse um engano a que, em breve, a polícia fosse pôr fim. Afinal, eu cresci a ouvir as histórias trágicas da Tante Ruth e da Tante Henny que tinham fugido de Berlim sob saraivadas de metrelhadora, a coberto da noite e a nado num Spree completamente gelado com a Bärbel pequenina levada no pescoço da Tante Ruth.
Estes anos todos depois, quando a Tante Ruth vai a Berlim, à terra dela, ainda diz que vai à Heimat, a Pátria. O Muro pode ter caído, mas nada, enquanto as gerações do Muro viverem, vai apagar o fosso, a divisão. O Muro ainda vive, de certa forma, na dor que impôs a milhares de alemães: os que viveram na opressão comunista, os que, como as minhas Tias, fugiram dele e, sobretudo, num povo que, quer queiramos quer não, continua atravessado por uma divisória ideológica e de vivências que o separou em dois.
Sempre que aqui em Portugal me perguntavam de qual das Alemanhas eu era, havia sempre o orgulho de dizer que era da República Federal e ficava sempre a pensar no que levaria as pessoas a fazerem-me essa pergunta: como se fosse possível eu ser da outra, da República Democrática, que de democrática não tinha nada. Eu, e acho que todos os alemães, detestávamos a DDR. Sofríamos horrores nos Jogos Olímpicos com aquela competitividade de Guerra Fria a ver quem ganhava mais medalhas. Já não era só um povo separado, eram dois povos distintos que acalentavam um ódio denso subreptício.
Sim, foi uma emoção sem igual ver a destruição do Muro (nunca fiquei com pedacinho nenhum como tantos turistas quiseram ficar), mas ao vermos os alemães de leste invadirem a RFA porque aí se vendiam e comiam bananas, e eles gastavam os 100 marcos que o governo federal lhes dava em bananas, soubémos todos que a Vereinigung, a Reunificação, não ia ser fácil. Não foi. Mas o Muro caiu e a Mãe chorou.
O Muro caiu e o mundo pôde tornar-se o que é hoje: um mundo que canalizou os seus medos mais profundos de aniquilamento para a esfera árabe. O Muro acabou a Guerra Fria e no após ergueu-se a Guerra do Terror porque nós, o mundo, não aprendemos nada e não existimos sem uma guerra mundial qualquer.
Seja como for, e numa gramática melhor do que a o Kennedy: "Ich bin Berlinerin!" Hoje, e por me lembrar, eu sou berlinense!

7 de novembro de 2009

Blonde goes i

i se não sabem, é ver o i, ou melhor, a "Nós" do i.

isto o PRD tem cada ideia!!! :)

Thanks man! A gerência agradece.

4 de novembro de 2009

Por esta altura há um ano...


... andava eu nos mares revoltos das grandes decisões. Aqui no blog ninguém suspeitava mas, por detrás da Blonde, a dona da Blonde separava-se sem vacilações, sem lutos, sem olhar para trás, sem arrependimentos. O blog só soube algum tempo depois quando a dona da Blonde percebeu que ela e a Blonde são a mesma pessoa.
Pois é, um ano inteiro passou. Depressa demais, talvez, em tanta Vida vivida, em tanta coisa acontecida, em tanta reviravolta e tanto turbilhão de emoções e sensações. Acho que o divórcio acabou por ser, não tanto o inevitável desmoronar de um casamento condenado a priori desde ainda antes do casamento. O divórcio foi, sobretudo, uma segunda hipótese de Vida, como se eu tivesse passado por uma doença trágica ou um acidente grave e sobrevivido para começar realmente a viver.
É maravilhoso viver desagrilhoado: aceitar os desafios da carreira, pegar num avião e ir não importa onde, relacionar-me com quem quer que seja que aqui aterre nesta tal Vida de singularidades (engraçado como isto me faz lembrar o conto do Eça "Singularidades de uma Rapariga Loura", embora as minhas semelhanças com a tal rapariga loura se esgotem no cabelo).
Porém, mais que tudo, nada há de tão extraordinário como descobrir-me Eu neste preciso momento da Vida. Que bom é ter aqui chegado, com as âncoras que jamais me deixam soçobrar nas tempestades que por vezes se levantam, os meus sucessos (que são tantos, meu Deus) e todas as razões que me fazem Eu, Blonde e dona de Blonde, neste aqui e neste agora.
Há um ano fui para Londres no estado de espírito de quem quer e vai começar uma Vida nova, interessante como não parti para curtir mágoas, aliás, eu estava tão feliz. Depois regressei e confrontei-me com a Vida nova, tudo novo, desde o Natal diferente às rotinas que anteriormente não existiam. Voltei a Londres mais tarde e noutro estado de espírito: desta vez acomodada, de certo modo, a uma fase desta Existência que ainda me deixa perplexa na quantidade de benesses com que me trata. E tudo isto apenas porque me separei, porque saí do comodismo do deixa andar e meti os pés a caminho desta outra/nova Vida que, afinal, sempre esteve aqui à minha espera.
E escrever isto tudo porquê? Bem, porque, sem saber como ou porquê, tive um flash, súbito como todos os flashes, de que Tudo mudou há um ano atrás agora e que o Agora é infinitamente melhor do que há um ano. Acho que, no fim de contas, faço anos agora, um ano, um ano já. Vivo.

2 de novembro de 2009

Homessa!


Blonde algures em parte incerta no Norte do país.
- Ah!, de onde é que lhe vem esse sotaque?
- ?! De Lisboa??
- Não. Esse sotaque!
People, quantas vezes terei eu de dizer:
EU NÃO TENHO SOTAQUE!!!! Ok?