30 de março de 2011

Pensei que não me aconteceria a mim

Mas aconteceu. Esta manhã dei comigo a fazer delete das imagens do meu ex-marido do disco do pc e dos álbuns. Pensava que era superior a isso. Pensava que só em telenovelas de 5ª categoria as pessoas se dessem a esses assomos de pequenez emocional. Levei três anos a pensar ser incólume a imagens do passado. Acontece que... não sou. Aquilo está expurgado. É um capítulo inexistente. Um vácuo. Não me aquece nem arrefece mas não quero fotos daquela pessoa cá em casa. Ponto. Será que este sentimento primário de necessidade de esvaziamento de um pedaço da minha vida algo que faz de mim um ser mesquinho e básico? Resumir aquela pessoa a um nada fará de mim alguém menos digno enquanto pessoa? Não sei, mas assustei-me com a necessidade de fazer aquilo e, sobretudo, assustei-me com a tremenda facilidade com que o fiz. Enfim, talvez mais um passo em direcção à liberdade.

29 de março de 2011

28 de março de 2011

"Olhai os Lírios do Vale..."


Nem sabia que tinha lírios destes no jardim. Bela surpresa. Talvez fosse o Senhor António ou o Senhor Paulo quem se lembrou de plantar bolbos. Não tenho nem jeito, nem tempo, nem apetência para jardinagem mas é tão bonito quando o jardim começa a florir e então com surpresas destas...

Amo estes lírios.

24 de março de 2011

Era só o que mais faltava!!

Ter a Merkel a mandar bocas ao que se passa em Portugal! Às vezes envergonho-me de ter nascido alemã.
Mas quem é a Merkel para nos puxar as orelhas?! Quem é ela para dizer o que o Parlamento soberano de uma nação independente (e bem mais secular que a Alemanha) podia ou não fazer em relação a um PEC que só a ele diz respeito?

Frau Merkel, Portugal ist noch ein Land!

23 de março de 2011

Caiu

Acho que, no fundo e apesar de ser um animal político de comprovada resiliência, o PM se deve sentir aliviado por ir colocar nas mãos de outros a crise, a bancarrota, o FMI, o descrédito do país e o calvário que serão os próximos anos.
Nunca gostei de discursos de vitimação. Nunca gostei de água sacudida do capote. Tudo isso me parece cobarde e mesquinho. Sai. Que saia. Nada será nem melhor nem pior. Tenho pena pelo país mas, ao fim e ao cabo, Portugal sempre foi um país de sofrimentos, pobreza, atraso cultural, económico, tecnológico e social. Os nossos anos áureos passaram há cinco séculos. Vivemos de glórias passadistas e temos sobrevivido. Sobreviveremos agora também. Pode ser que finalmente comecemos a olhar para o futuro, a deixarmo-nos de acomodações, saudosismos nostálgicos e letargias.
Caiamos então porque do chão só há um caminho: para cima.

Suspense

E amanhã que (des)governo teremos? Ui, o suspense da coisa. E o PM fala ao país às 20.00, mesmo a meio da minha sessão de body pump, chatice! O país a desmoronar ao vivo e a Loura no ginásio. E em Junho, o sistema electrónico do Cartão de Cidadão já funcionará? E não será melhor eu ir tirar o dinheiro do banco? Deuses, a excitação de tantas perguntas...
Mal cheguei ao país e é esta coisa toda tão vibrante, tão viva, tão sei lá. Onde é que uma pessoa vive assim neste estado de ansiedade ante a paralisia epilética do Governo? Abençoado país!
Precisa-se D. Sebastião, urgente.

Elizabeth Taylor, 1932-2011


Morreu a actriz dos olhos violeta e o que é que eu posso dizer?
Morreu a actriz favorita da Mãe e eu vejo toda uma geração de referências que se vai extinguindo e que começou precisamente na Mãe.
Nem é tanto pela Elizabeth Taylor, é por todo um passado que se vai esvaindo e me vai deixando o presente cada vez mais só de laços a um atrás, a um tempo que não se reflecte neste agora em que tudo é diferente e orfão.
Oiço a Mãe a pronunciar Elizabeth "Taylior" na pronúncia alemã que Ela tinha e imagino o que ela diria se hoje se desse conta que morreu a Elizabeth Taylor. Acho que me iria contar a vida trágica dela e dos romances falhados com o Richard Burton e como foi a primeira actriz a ganhar um milhão de dólares por um papel, o de Cleópatra. E nada disto eu precisaria ou precisei saber pela Wikipedia porque tudo isto era o presente em que a Mãe viveu.
RIP

E qual é a 1ª coisa que descubro ao regressar a Portugal?

Que o PEC4 vai ser discutido mas sem poder ser discutido. Isto não é ridículo?

21 de março de 2011

Knut, 2006-2011


E qual é a primeira coisa que eu descubro ao chegar à Alemanha?
O Knut morreu! A bola de pêlo da idade do meu Spotty morreu.
Mein Schatz, Du bist jetzt im Tierhimmel.
Era tão querido...
Pode não parecer mas é uma notícia importante num mundo de guerra (nunca fiz voos com tantos GIs) e nuclear.
RIP

20 de março de 2011

De regresso





Começou de forma atribulada e depois foi awesome! Montes de contactos novos, bom feedback e... mais interessante: dei-me conta que já conheço uma pilha de gente aqui. Duas conferências paralelas e em ambas eu conhecia gente. Tanto voo, tanta viagem e agora esta sensação: "Gosh, I know all these people", e acho até que conheço mais gente do mundo académico aqui do que conheço em Portugal. Publico mais aqui do que em Portugal e, apesar de a competição aqui ser brutal, parece que as portas se abrem mais facilmente (enfim, talvez seja o meu bilingualismo que me faça ver assim ou o facto de eu nunca ter tido uma nacionalidade bem definida. Engraçado, perguntaram-me ontem se eu me sinto culturalmente portuguesa ou culturalmente alemã ou o quê. Respondi. "I'm in a limbo". E talvez seja esse limbo multicultural que me ajuda neste meio).

Bom, deixa-me ir enfrentar o "take your shoes off, no liquids" e as longas horas de voos que me aguardam.

See you back home.

19 de março de 2011

Já vi este filme...

O Presidente Obama autoriza ataques míssil a posições estratégicas na Líbia. Já adivinhamos o que vem a seguir, right?
Aqui, as notícias andam exclusivamente em torno da crise nuclear no Japão e a guerra civil na Líbia. Não sei nada de Portugal. Algo me diz que: ainda bem.

Aí já devem estar a ver a super lua. Logo à noite vou ver se é assim tão super.

Fried green tomatoes

Já os experimentei duas vezes, duas versões diferentes. Não fiquei fã (prefiro os do filme). Mas fiquei da She Crab Soup...

18 de março de 2011

O melhor piropo ever

Ouvi hoje quando entrei no salão do pequeno-almoço. Ler com pronúncia carregada sulista. Africano-Americano aí com os seus 60 anos:

- Oh mah Lord, I was 25 not so long ago!

:)

It's not a pet


Começou com o fiscal da imigração em Chicago:
- What nice bag you got there, M'am!
Na confusão de papéis do ESTA waiver, o passaporte, o cartão de embarque, o pc, o casaco e o diabo, nem dei muita atenção mas ainda respondi:
- I assure you no pets were killed or in any other way hurt to make this bag.
Não sei se ele percebeu o hint porque me respondeu que não era do customs department.
Sento-me à espera do voo de ligação e a Afro-Americana a ler a Bíblia ao meu lado:
- Nice bag!
O taxista que me levou ao hotel:
- Nice bag!
A recepcionista do hotel:
- Nice bag, M'am!
Gente (a pouca que existe) que me vê na rua e se mete comigo:
- Wow, look at that bag! - ou:
- Gee, I like your bag.
Gente, é uma carteira da Primark. Custou meia dúzia de tostões e parece um animal atropelado (boa, para a próxima digo que não é um road-kill!). Pelos vistos é um sucesso! :)

17 de março de 2011

Lembrei-me agora

que este é o segundo ano consecutivo que passo o St. Patrick's Day na América. Olha a coincidência de me ter vestido de verde (sim, é que entretanto o meu rico trolley já chegou, ufa!).

From the heart of Dixie


A primeira vez que estive na Carolina do Sul, há coisa de onze anos, apercebi-me do sotaque carregado sulista, do carácter amistoso das pessoas e do certo passadismo do Estado mas agora é que me dou realmente conta de que os carolinos têm uma estima saudosita pelo Sul ante bellum que desafia qualquer contemporaneidade. Mesmo em frente à State House têm orgulhosamente hasteada a bandeira secessionista (enquanto nas traseiras do edifício têm um monumento à luta pelos direitos civis quase só por dizer que sim, que têm de ter qualquer coisa que os faça modernos e igualitários). Cada rua é nomeada em memória dos generais confederados da Guerra Civil e, como se isso só por si não bastasse, fazem questão de ter placas bem visíveis com os feitos desses generais. Uma pessoa quase se esquece que perderam a Guerra.
Estou alojada no centro da cidade (se é que as cidades americanas têm centro), a Vista, mas não se vê gente, não se vê comércio. Ando e ando e não vejo vivalma, as ruas estão por minha conta e mesmo aqui o hotel, com conferências e a universidade aqui ao pé, está estranhamente calmo apesar de fully booked.
Bem, vamos a mais um dia no coração da Dixieland numa conferência em que eu sou uma de duas pessoas estrangeiras e a única da Europa, ain't that exotic? (bom, pelo menos, estão todos contentinhos de chamarem "international" à conferência...).

16 de março de 2011

Ai a América...

Quase me apetece dizer: "Da próxima vez que eu quiser vir à América profunda, just bang me in the head (but gently, pls)". Apetece mas não digo, afinal eu meto-me nas coisas apesar das infinitas vezes que digo para mim própria não repetir trabalhos.
Sair da Europa e enfrentar esta América dos americanos é tramado. Para já, onde é que a Europa tem voos directos aqui para o território hillbillie? Não tem. E, portanto, a malta sujeita-se às provações de mudanças de voo e, bem pior, às filas intermináveis de controlos alfandegários e baggage re-checks para cá chegar. Neste momento, eu estou em Columbia, Carolina do Sul e o meu trolley com o carregador da bateria do pc e os meus cremes estão em Chigago, Illinois. Como só há dois voos por dia... E ontem parecíamos os condenados de Shawshank a caminhar pela pista gelada em O'Hare para entrarmos num aviãozinho minúsculo, estilo filme silly season da personagem principal que vem para a província.
Tremo o queixo com frio (3ºCelsius) enquanto caminho pelo gelo a fumegar da respiração:
- It'll be 72º in Columbia. - Oiço atrás de mim num sotaque sulista. O homem vê-me a tremer e lá me consola, ignorando que eu não tenho um conversor automático na cabeça para saber o que são 72º Farenheit.
- Right. - Mais tarde, já no hotel, lembro-me da conversa e ajusto a temperatura do quarto para 85ºF, deve ser quente, I believe.

Hoje amanheci em jet lag miserável como o tempo. "72º, hum?". Quando saio do hotel para fazer o reconhecimento da cidade está um frio de morte, a humidade da Carolina do Sul amplifica-se na ausência de sol. Tenho de vestir a mesma roupa da viagem e ponho loção corporal na cara. Acho mesmo que os meus cremes são o que mais falta me faz. Isso e rímel. Como qualquer Loura, tenho pestanas transparentes. Viver sem rímel não é viver. Raios partam as imposições de restrição de líquidos na bagagem de cabine. Para trazer a pasta de dentes, perfume e as gotas das lentes não trago cremes nem rímel. É fútil e estúpido mas eu não vivo sem os meus cremes e rímel. E não há nenhuma farmácia within walking distance nesta cidade dispersa, onde não vejo gente, onde há vazios de tudo: de lojas, de bulício, de cidade, afinal.

- Want a picture of yourself? - Oiço enquanto me detenho nos jardins da State House. Um transeunte vê-me fotografar carvalhos americanos. - Better than be taking pictures of trees. - Continua enquanto lhe sorrio e lhe passo a máquina para as mãos. Fotografa-me à frente dos carvalhos.

Sete horas em Lisboa. Três aqui. O avião que me trará o trolley dos cremes só chega às quatro e meia. O jet lag desenvolveu-se em dor de cabeça. Acho que vou dormir. Às sete tenho um jantar. A ver se vou refrescada...

14 de março de 2011

Up in the air

Fugi muitas vezes do meu não-casamento nas viagens que fazia por esse mundo fora. A solidão das viagens era mais confortável do que a solidão acompanhada em que eu vivia. Sózinha pelo mundo via muito com os olhos novos, inteiros de si. Não me importava com lonjuras, bagagens e horas longas. Digo sempre que foi na distância da Austrália que a minha mente decidiu que se queria desagrilhoar. Em rigor, talvez fosse num stopover de cinco horas em Singapura, sentada no chão a ver quem passava. Detinha-me na apreensão de quem passava, de quem, como eu, se resignava na espera, nos apressados, nos soldados com metralhadoras, num aeroporto sem luz do sol que dissesse se era dia ou noite. Na viagem seguinte que fiz sózinha já desfizera o não-casamento. Agora viajava na abertura de asas e nos pulmões que finalmente inspiram a golfadas.
Nasci em viagem. Cresci em viagem até estacionar num país ancestral cuja língua aprendi à força. Éramos nómadas, acho, e talvez por isso esta inquietação da imobilidade.
Mas hoje, nos milhares de quilómetros percorridos, aborreço-me. Dou por mim sem a excitação da fuga ou da descoberta. Custa-me ver para lá das nuvens. Ao invés de antecipar a chegada ao destino, detenho o espírito no enfado dos aeroportos, no desconforto dos aviões, nas escalas que são sempre e invariavelmente demasiado longas ou nervosamente curtas para transbordos. Irritam-me as filas de alfândega:
- M'am, what's your purpose to your stay in the US?
- M'am, have you left your luggage unattended at any moment?
Dantes gostava do desconhecido de chegar a um sítio pela primeira vez. Agora até procurar uma saída para apanhar um táxi me enfastia, tal como me enfastia um check-in num hotel e a familiarização com o local.
Percorro a net para ver temperaturas no destino. Gasto tempo nas indecisões do que levar. Vai estar frio em Chicago e eu preciso mudar de terminal. Vai estar semi qualquer coisa na Carolina do Sul. Levo Working in the Shadows do Gabriel Thompson sabendo que é leitura que regressará incompleta e que tanto serve para entretenimento como para trabalho.
- Que sorte tens por teres essa profissão. - Oiço constantemente. Não dou resposta. Acho que gostamos todos do que não temos. Sim, tenho sorte. Não me imagino a fazer outra coisa qualquer. Mas é trabalho, é habituação e, como tal, algures no percurso o dourado vai ficando mais esbatido e começa a descamar aqui e ali. Sim, de facto não me imagino a fazer outra coisa. Mas desta vez acho que não levo espírito de ir. Logo saberei quando chegar e der comigo no familiar das coisas comezinhas que me fazem sentir lá: pancake stacks, beetroot beer...
Vemo-nos lá ou, quando muito, quando eu regressar e aqui ainda for aqui.

13 de março de 2011

Protestar

Eu acho muito bem que se proteste. Aliás, a minha alma alemã eriça-se facilmente com o aforismo recorrente de que os portugueses são um povo de brandos costumes. Não os acho brandos nos costumes para ser sincera. Acho-os acomodados, resignados ante as circunstâncias, o que é algo ligeiramente diferente. E acho-os um povo de surdinas, falas e conversas críticas sussurradas com medo de ganhar voz e saírem do café ou do círculo próximo. Por isso, se saem à rua em manifestações apartidárias e ageracionais dão mostras da impaciência que sentem e que querem publicitar alto e bom som. Em suma, e em linguagem coloquial: acho bem.
Acho bem que se levante uma supra-voz farta com a falta de moralidade política e com o "desrumo", o desnorte deste país caído no abismo (porque a fase à beira do abismo parece-me já ter passado há que tempos). Onde não encontro razão neste protesto é que se confundam as coisas e que se partam de pressupostos erróneos de que as qualificações superiores signifiquem entradas directas no mundo do trabalho: um canudo não é um passe para um emprego e, salvo-erro, nunca foi.
Esta auto-intitulada "Geração à Rasca" diz-se a mais qualificada de sempre em Portugal. É. Mas isso significa que existirá maior competitividade no momento de encontrar emprego e competitividade significa, bem entendido, selecção. Sempre foi assim desde que Darwin inventou "the survival of the fittest" como prova de que a selecção se faz pelos melhores.
Devo ter, talvez, uma visão um pouco reaccionária; eu acho-a realista. Olho para estatísticas e constato que a média dos exames nacionais do secundário no distrito de Lisboa é de 11,09 e no Porto é de 10,87. Pergunto-me o que é que se faz com médias destas? Para onde se vai com médias destas? Enquanto não se olhar realmente para a educação com olhos de ver podemos ter muitos protestos de muitas "Gerações à Rasca", muitas Deolindas a cantar que "para ser escravo é preciso estudar" que não vamos a lado nenhum. Eu diria antes que para não se ser escravo é preciso estudar... muito.
No resto, não tenho grandes discordâncias: a situação macro neste país é realmente deplorável. E envergonho-me por nos sentir uma democracia garroteada.

11 de março de 2011

Yuk:(

Yuk, que amanheceu nublado, cinza e chuvoso.
Nas notícias nada de novo a não ser a enésima história de que o futuro do PM se joga entre hoje e dia 25 (palpita-me que chego a Portugal e já cá temos visitas ou talvez não).
Que seca. Então hoje não há lol?!

9 de março de 2011

Este país é lol



Acho que por esta altura já toda a gente recebeu no mail o vídeo acima (afinal, o Hitler percebe de SCUTs, vuvuzelas, impostos e os portugueses em geral devem dar-lhe cabo do juízo). Eu, que vou sofrer a humilhação de ter as Tanten em Düsseldorf (ok, Mönchengladbach, mas é mesmo ali pertinho) a olharem para o espectáculo português e a humilharem-se por mim, acho um lol desgraçado à reacção dos portugueses a um Festival que dizem nunca ver.
De facto, eu gosto muito de olhar para os portugueses. São milhentas vezes mais divertidos que os alemães. Não me arrependo nada de ser portuguesa (ok, às vezes passo-me um bocadinho).
Aqui temos o FMI à porta sem estar. Aqui temos a geração à rasca que convive com a geração deolinda que, por sua vez, convivem com a antiga geração rasca. Daqui supervisionamos a Líbia e temos no Chávez um amigo. A Merkel também manda em nós e mais o resto da UE. Aqui votamos se um cartão chipado deixar. Em compensação temos autoestradas sem fim e planos para um TGV que fica a milhas de Lisboa. E agora temos uma canção super lol para o Eurofestival e umas petições para devolvermos a dignidade ao Festival e não deixarmos ir os Village People lusos fazer figuras tristes do país à frente da Merkel.
Pergunto-me se alguém notou a canção pavorosa que a Alemanha enviou o ano passado ao Eurofestival da nossa humilhação? Essa sim é um horror! Nós ao menos levamos humor (coisa que os alemães têm pouco, é certo) e vamos fazer a figura que sempre fazemos desde que nos tempos do Ultimato (1890 para quem não se lembra) fizémos uma petição para não se ensinar Inglês nas escolas.

Viva Portugal! Viva a República!

8 de março de 2011

Às tantas em "Out of Africa"

When the gods want to punish you, they answer your prayers.

Talvez os deuses já tenham atendido a demasiadas das minhas preces. O problema é que eu continuo a pedir..


(For the record: a Karen Blixen nunca disse nada disto, quem diz é a personagem da Meryl Streep e também não é "gods" é God mas eu achei que era demasiado insultuoso e sempre fica melhor insultar Odin e Thor).

7 de março de 2011

The King's Speech



P... p... p... perfect!
E a actuação?! Gosh! Acho que não via nada assim desde que o Sean Penn interpretou "Milk". Brilhante!

6 de março de 2011

Esqueci-me

Esqueci-me que é fim-de-semana prolongado.
Esqueci-me que era suposto tirar uns dias.
Só ontem me lembrei que tenho de comprar dólares.
Esqueci-me que tenho de ver se tenho o visto activo (acho que caduca agora).
Esquecer-me que é Carnaval esqueço-me sempre.
A ver se me lembro.

3 de março de 2011

Mas ao menos mandamos nos líbios!


A Alemanha manda em nós. Os mercados mandam em nós. A Europa manda em nós. Até a FIFA manda em nós. Mas ao menos mandamos nos líbios! Coisa tão prestigiante presidir ao conselho da ONU responsável pelas sanções à Líbia. Prestigiante e importante. Vejam lá se meteram a Alemanha à frente? Não, que eles lá têm ministros plagiaristas de PhDs, os danados.
Olho para nós e vejo-nos assim: um galito depenado mas ainda muito senhor do seu brio. Podem levar-nos as penas todas mas a pose, jamais!

2 de março de 2011

Então vamos visitar a Merkel?

Furchtbar...

Somos tão pequeninos, benza-nos Deus! Tão patetinhas que nem nos sabemos governar sózinhos sem que um bicho-papão qualquer (tempos houve que o bicho era inglês) nos diga o que quer, pode e manda. Francamente...