27 de abril de 2019

Doce de Laranja Blonde Style

Uma das coisas típicas aqui no campo é que quando há um produto em estação, temos demais. Época dos citrinos, e força aí de laranjas, tangerinas e clementinas. Vai daí meti na cabeça de fazer um doce com uma mistura de clementinas e laranjas, o que, presentemente, me invade as fruteiras. Como adoro "marmalade" inglesa, aquele doce semi-ácido de laranja esfarrapada em que os ingleses se especializaram para gulodice mundial, procurei receitas para o dito cujo. Desisti. "Marmalade" leva muitas cozeduras e recozeduras das laranjas e tempos sem fim. Depois lembrei-me de uma vez em que a Mãe fez doce de laranja e os boiões explodiram já o doce estava enfrascado e devidamente armazenado e foi uma cena assustadora e parva de doce explodido pelas paredes. Assim sendo, fiz o que faço habitualmente em matérias culinárias. Inventei. Cá vai.
Ingredientes:
- Laranjas e clementinas (peso a olho mas talvez 1kg)
- Açúcar louro (peso a olho mas talvez 700grs)
Preparação:
Cortar os citrinos, depois de bem lavados e com casca, em rodelas muito fininhas. Levar as rodelas de laranjas e clementinas ao lume e deixar cozer até ficarem moles. Acrescentar o açúcar e deixar cozinhar em lume brando até começar a fazer ponto de estrada. Apagar o lume e enfrascar.
Simples e delicioso!

24 de abril de 2019

Da série "Coisas Estúpidas": declinar no feminino e no masculino só porque é politicamente correcto

Caras amigas, caros amigos. Portuguesas e Portugueses. Senhoras e Senhores. Bem-vindos e Bem-vindas. Car@s Coleg@s. Enfim, acho um bocadinho estúpida esta coisa de agora andarmos todos a declinar no feminino e no masculino uma língua que sempre declinou o genérico, geral e abstracto através do masculino sem que isso tenha outra razão que não seja a economia de palavras. E então quando se usa um caracter pictórico como o @ que não é, que eu saiba, uma letra do alfabeto, até se me dão comichões.
O exagero nunca foi conhecido por ser sensato...

20 de abril de 2019

Da série "Coisas Estúpidas": em primeiro lugar o Eu

Acho muito bem que estejamos em primeiro lugar nas nossas vidas. Até concordo com a máxima do reclame que "se eu não gostar de mim, quem gostará?" Creio é que é uma coisa muito estúpida andarmos todos direccionados para o mantra do Eu acima de tudo. Vamos ao psicólogo e dizem-nos que nós somos o centro de nós. Na escola dizem aos meninos e meninas que são o centro de si. Por todo o lado nos bombardeia, com a necessidade dizer "não" a tudo o que não gostemos ou nos aborreça. Não a solicitações no trabalho, não aos amigos que nos convidam para coisas que não queremos, não às imposições familiares. Viva o não, que é muito mais importante do que o sim.
Não sei se quero ver os resultados deste centralismo do Eu e desta supremacia do não. Vamos ficar mais egoístas e egocêntricos do que estamos e criar gerações sem compaixão para nos ajudarem na nossa velhice. Algo muito errado e perigoso andamos a fazer...

17 de abril de 2019

Da série "Coisas Estúpidas": minimalismo

Está agora na moda esta coisa (estúpida) do minimalismo. Dizem os entendidos, desde os especialistas do Feng-Shui, à guru da arrumação, de sua graça Marie Kondo, que devemos purgar as nossas casas e armários de toda a sorte de tralha e viver só com o mínimo indispensável. Aliás, ao fazermos a purga, devemos mesmo falar com os objectos destinados ao pontapé para fora das nossas vidas, dizer-lhes que os amamos e que nos fizeram felizes e tal e que, agora, cada um segue o seu caminho. Quer parecer-me que, como agora os relacionamentos humanos se acabam por SMS, temos de acabar com os objectos através de declarações de amor arrependido.
Acho isto tudo uma palermice. Que mal tem eu viver numa casa maximalista cheia de pedaços de vidas de quem me legou vida? Não sou nada consumista. Nadinha mas, caramba, vou lá eu agora fazer purgas em casa só porque está na moda?

13 de abril de 2019

Da série "Coisas Estúpidas": metas na vida

Esta coisa (estúpida) das metas na vida é muito parva. Primeiro temos as metas do que vamos ou queremos ser quando o estado adulto chegar. Depois vem o dito e as metas multiplicam-se em frentes de batalha sem fim. Depois alcançamos metas e inventamos, queremos, ou são-nos impostas outras. Há também a fase da vida em que se pensa que já não vida para ter outras metas e impomo-nos a meta de não ter metas, o que é, diga-se, uma meta ainda mais parva.
Em suma, estou um bocadinho farta de metas...

3 de abril de 2019

Definição de dia perfeito

Acordar com sol a Este pela cozinha dentro e ao som do chilreio de pássaros retornados de longe.
Não ter um horário e poder, apenas, ficar em casa. Ficar em casa... Acho que é das coisas que mais gosto. Ficar em casa... Assim, nem mais nem menos.