Que ano, 2014! Só há um ano que comparo com este no bom que vivi: 2009.
Em ambos houve mau, tanto em 2009 como em 2014 eu continuei na saga do meu interminável divórcio, em ambos os anos buscando a liberdade a cada dia que acordava presa a algo que não queria. Em 2009 eu já lutava há um ano por essa liberdade e começava a imaginar que teria à frente uma longa caminhada. Em 2014 começou o epílogo desse processo que, infelizmente, não foi, ainda, o fim dos finais. Mas 2014 foi um ano bom.
A meio do ano veio a confirmação da minha verdade e só quem está prisioneiro sabe o valor do reconhecimento da sua verdade. Junho trouxe a minha verdade à superfície e o eu saber como o meu divórcio iria acabar e como eu iria acabar nesse processo. A felicidade de se saber como será o fim que desejámos é indescritível. Fui feliz, como sou feliz por saber que o pesadelo acabou, se bem que a justiça lenta, "crashada" e perdida ainda não tenha decretado o tal desejado divórcio. Mas enfim, a demora aguenta-se, a injustiça dos pesadelos, da prisão e da limitação dos direitos mais básicos, não.
Tirei coisas da gaveta. Coisas guardadas e escondidas. Coisas que me surgiram quando eu não estava à procura. Coisas que agora estão públicas sem que se saiba que pertencem aqui porque pertencem a nada. A gaveta aberta fez-me feliz ou talvez fosse a abertura da gaveta o que me fez feliz.
Viajei feliz porque viajei sabendo-me liberta de pesadelos. Pude acordar na lonjura sabendo que estaria bem quando regressasse ao aqui. Fui tão imensamente feliz nesses dias de sol e super-luas numa ilha remota presa a um passado que me lembrou o meu tempo antes da prisão. Tão imensamente feliz...
Apaziguei-me com decisões que não sei se fui eu que tomei ou que me foram impostas pelo exterior de mim. Acho que já não me interessa saber como aconteceram essas decisões. Vejo-me feliz com elas caminhando comigo. Abracei a solidão não-solitária e, agora que a contemplo na verbalização, penso que era o que, na verdade, me poderia fazer feliz como percurso.
A Casa grande... a minha casa. A nossa casa. A casa dos meus passados, a casa do meu presente. Tanto fantasma. Enxotei uns quantos. Matei outros tantos. Os outros, esses vivem comigo e eu não vivo sem eles. Viverão para sempre aqui, como eu viverei aqui para sempre mesmo quando aqui não viver. A Casa grande... a minha casa.
Ainda tenho Pai. E tenho sobrinhos. Família. Os melhores amigos. Amor com maiúscula. Saudades diárias. A pérola e o diamante. Vida.
Para 2015 quero o Pai, sobrinhos, família, os melhores amigos, Amor com maiúscula, saudades diárias, a pérola e o diamante, vida. É nada a mais do que este ano mas esse nada a mais é Tudo.
Feliz 2015!
30 de dezembro de 2014
28 de dezembro de 2014
Polegarzinho
O meu sobrinho Manel parece o Polegarzinho só que, em vez de deixar trilhos de migalhas pela floresta, deixa marcas da sua presença pela casa da Tia: carrinhos dentro de gavetas, peças de lego dentro de latas de chá e Speisekuchen mordiscados no prato dos bolinhos. A Tia não acha graça às mordiscadelas de bolos não acabados de comer mas... derrete-se de cada vez que encontra os sinais da presença da criatura pequena nas nossas vidas, mesmo que esses sinais sejam bolos de Natal ratados e não comidos. Manel, I love you so very much...
26 de dezembro de 2014
Pelos olhos do meu sobrinho
O meu sobrinho Manel (4 anos e 2 meses hoje) pediu a câmara da Tia, queria tirar fotografias.
Tirou e tirou e tirou e agora podemos ver o que vêem e como vêem os seus olhos...
(A Tia só colocou as iniciais dele nas fotos porque, é devido, a Manel o que é de Manel).
25 de dezembro de 2014
Porque o melhor Natal mete crianças
Aqui o Pai Natal não pode descer pela lareira porque, coitadinho, chamuscava-se todo e o Menino Jesus é muito pequenino. Mas há uma Super-Tia!
A Super-Tia montou uma casinha de brincar no piso de cima. Encheu-a de brinquedos e iluminou-a com mil luzes. À hora dos presentes, os petizes vão ter cá uma surpresa...
A Super-Tia montou uma casinha de brincar no piso de cima. Encheu-a de brinquedos e iluminou-a com mil luzes. À hora dos presentes, os petizes vão ter cá uma surpresa...
23 de dezembro de 2014
Não tenho stress natalício
Tenho é stress académico e todo o diabo de deadlines para 1 de Janeiro. E é o raio do stress académico que me dá stress no Natal. Sim, porque os presentes acabaram de ser comprados em Junho e até já comprei presentes para o Natal do ano que vem, que isto não me apanham em lojas nesta época. Agora, o stress dos prazos dos capítulos e dos júris, e dos abstracts e do diabo a sete, caramba!!
15 de dezembro de 2014
Árvore 2014
Já está feita! Aproveitei o ramo de nespereira que já fez as vezes de Árvore de Natal no ano passado e enfeitei-o com bonecos, figuras natalícias e... chocolates de pendurar. O ano passado pendurei biscoitos de gengibre e o Manel ainda se lembra que comeu bolachas da árvore. Aliás, quando ele cá vem e vê o ramo na garagem diz sempre:
- Tia, a árvore das bolachas!
Este ano leva chocolates (não que ele ou a irmã saibam o que são chocolates mas a Tia vai ensinar...).
Não sei o que eles vão crescer a pensar sobre árvores de Natal porque a Tia não gosta de árvores de plástico e não mata árvores vivas mas acho que não vão ficar traumatizados por terem árvores de Natal diferentes.
Feliz Natal!
- Tia, a árvore das bolachas!
Este ano leva chocolates (não que ele ou a irmã saibam o que são chocolates mas a Tia vai ensinar...).
Não sei o que eles vão crescer a pensar sobre árvores de Natal porque a Tia não gosta de árvores de plástico e não mata árvores vivas mas acho que não vão ficar traumatizados por terem árvores de Natal diferentes.
Feliz Natal!
10 de dezembro de 2014
"Prontos", é oficialmente Natal
A primeira vez no ano que oiço "Last Christmas" é sempre inauguração da época natalícia. Foi hoje de manhã algures na A1.
É Natal!
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