28 de janeiro de 2015

Os meus Moleskine

Farto-me de oferecer Moleskines mas agora que sou "escritora" oferecem-mos a mim. Vamos ver o que lhes vou escrever... É que eu sou muito desorganizada a escrever e, entre milhares de cadernos e caderninhos e incontáveis tentativas frustradas de me domesticar, continuo a rabiscar em folhas soltas e pedaços de papel rasgados daqui e dali, versos de talões, post-its desirmanados e margens de livros e documentos.
Amo quem me deu os Moleskines. E amo os Moleskines. Vamos ver se amo a vontade de me fidelizar...

Auschwitz

26 de janeiro de 2015

Goodbye, Demis Roussos, goodbye! (1946-2015)





A Mãe adorava o Demis Roussos. Conheceu-o na Alemanha (daí esta versão em Alemão). E eu, que herdei o gosto musical pop da Mãe, adoro o Demis Roussos. Morreu ontem, como me têm morrido muitas coisas que aqui neste Aqui me ligam à Mãe.

Surpreendentes notícias nos têm, por estes dias, chegado da Grécia e esta diz-me mais do que qualquer notícia de política passageira num mundo de ventos.

Digo "goodbye" ao Demis Roussos, dizendo mais um adeus a outro pedaço de passado que deixa o presente.

RIP

20 de janeiro de 2015

Diários de um Divórcio: 20 de Janeiro de 2015, libertação

20 de Janeiro de 2015, hoje, faço anos, como sempre neste dia.
12.00 - já quase todos se despacharam a dar-me os parabéns quando cai um mail. Vem da sociedade de advogados que me representa no meu divórcio. Abro o mail: uma sentença, a sentença.
É decretada a dissolução do meu casamento e o consequente divórcio.
Estou livre ao cabo de seis anos, dois meses e vinte e um dias de peleja na justiça.

Recebi o melhor presente de aniversário de sempre: a liberdade.

Estrasburgo: agora serei eu contra o Estado Português, que, nos últimos dias, me intimou a juntar a regulamentação do poder paternal para o decreto de divórcio de um casamento sem filhos. Foi até à última a cena lamentável da justiça em Portugal.

Liberdade!
Freedom!
Liberté!
Freiheit!

Estar aqui

Noite escura no regresso. Dia de solenidades e togas. Passo por casa de Amor. Deito os pequeninos e fico a adormecê-los com histórias de números grandes porque a Tia faz anos amanhã.
- E o Spotty tem quantos anos, Tia?
- Tem oito. Vamos contar?
E contamos. Adormecem. Venho embora na solidão da condução longa. Há Erasure e "Respect" por coincidência. Ponho a música alta até sentir o beat na fisicalidade. Estou, porque sou, feliz.
Diziam que era o dia mais infeliz do ano pois é quando notamos que não cumprimos promessas de Ano Novo e não nos conformamos a dietas. Não faço nem promessas nem dietas, logo não me confronto com falhanços e infelicidades dessa natureza.
Apercebo-me que já são muitos anos quando os conto em voz alta para quem tem quatro. Cheguei. Cheguei bem e, enquanto outros fazem promessas, eu só agradeço bençãos e percursos e a benção do percurso. Obrigada.
Amén!

19 de janeiro de 2015

Dizem do dia 19 de Janeiro

Os pseudo-estudos dizem que 19 de Janeiro é o dia mais infeliz do ano.
Na América e no mundo livre é dia de Martin Luther King. Afinal, não pode ser assim um dia tão infeliz.
Por sorte, e sorte apenas, escapei de fazer anos a 19 de Janeiro. Por sorte...