25 de novembro de 2015

Flores nesta altura

Enquanto no Midwest já caiu o primeiro nevão e na Europa já se tirita de frio, por aqui a fúchsia vai-se mantendo exuberante. Que clima glorioso!

23 de novembro de 2015

Em maré de reciclagens

E já que as reciclagens não me estão a correr muito mal, lá fui à caverna de Aladino, vulgo sótão da garagem, e de lá desencantei uma caixa velha e toda fora da lei de Cristo.
Levou o tratamento das pinceladas de tinta e mais o stencil que fiz para a reciclagem dos cestos das panelas de pressão e lá também ressuscitou para ser guardiã do meu pequeno dirty secret...
É que eu gosto sempre de trazer aquelas miniaturas de hotel... Pronto, pecado assumido mas nem por isso menos escondido algures aqui em Casa.

18 de novembro de 2015

Deram-me uma andorinha

Vietname. Zâmbia. Bangladesh. Sérvia. França. Polónia. Itália. China. Sri Lanka. Levei-os aos Pastéis de Belém, aos Jerónimos, ao CCB.
Trouxe-lhes ramos de oliveira do meu campo para saberem o que são oliveiras. No último dia invadiram-me a sala quando eu estava sózinha. Deram-me símbolos do país a que me fiz.
Vou juntar a andorinha à minha parede cheia de andorinhas; um bando começado pela Avó e que foi crescendo comigo.
Obrigada!

16 de novembro de 2015

A ressurreição das panelas de pressão

Encontrei uns restos mortais de panelas de pressão no fundo escondido (como costumam ser os fundos escondidos) de um dos armários da cozinha. Devem ter sido de panelas da Mãe ou da Avó. Ali estavam os cestos de cozer ao vapor. Tristes, feios, velhos e abandonados a ocupar espaço morto como mortos estavam. Creio na ressurreição.
Pintei-os. Imprimi um stencil da internet que decalquei para um acetato e finalizei com uma camada de verniz. Deixaram de ser cestos desirmanados de defuntas panelas de pressão.
E foram encontrar melhores préstimos na casa-de-banho do meu dia-a-dia para receberem toda a parafernália de apoio a banhos e afins: loções, poções e demais abracadabras...

13 de novembro de 2015

As minhas manhãs

Sete e picos da manhã, algures num pedaço de auto-estrada que me leva do campo à cidade em pleno Verão de São Martinho. Agradeço sempre pela majestade destas grandes pequenas coisas que me fazem feliz e me são permitidas testemunhar.

11 de novembro de 2015

Helmut Schmidt, 1918-2015

Engraçado, no dia em que morre o Helmut Schmidt, o Der Spiegel tem um artigo sobre a crise política em Portugal falando de um governo que vai aliar socialistas, comunistas e marxistas ("Ein Bündnis aus sozialisten, Kommunisten und Marxisten..."). Noto a coincidência num dia que me é triste porque é mais um que me morre, um deles, daquela geração que tanto me ensinou, que me ensinou, sobretudo, o medo da guerra e a presença da guerra, a geração que lutou contra os demónios. A Tante Henny que morreu, a Tante Ruth que tem a idade do Helmut Schmidt... Penso no Pai que colou cartazes do Willy Brandt quando havia o medo do outro lado. Pobres construtores de uma Europa desagregada que se esqueceu como e porque foi construída. Já estou muito afastada da Alemanha para me identificar com o presente (um espaço de letras no passaporte). Morre-me a Alemanha, aos poucos, pessoa a pessoa. Falta morrer a Tante Ruth. Falta morrer o Pai (mas que me dure, que me dure mais, bitte...).

RIP. 

4 de novembro de 2015

A Casa assombrada

- A Casa da Tia é assombrada - Manel dixit a meio das escadas em casa da Tia.
- Então porquê, Manel?
- Porque tem muitos escuros.

E, pronto, lá lhe ensinaram o Halloween no colégio e agora a Casa da Tia é que paga...