Here comes the rain again
Falling on my head like a memory
Falling on my head like a new emotion
Eurythmics, "Here Comes the Rain Again"
Tão apropriada a letra...
Chove e eu já tinha saudades da chuva. Tinha saudades do cheiro da terra molhada e da água limpa. Tão "clean" o cheiro da chuva, tão isento, tão transparente. E tão metafórica a chuva. Tão plena de simbolismos. Vivificante e salvífica na sua transparência e, paradoxalmente, tão destruidora na sua torrencialidade opaca.
Penso na duplicidade da chuva e lembro-me das águas do Nilo e do Amazonas, ambos alimentados por chuvas de terras altas, mas um plácido e azul o outro indomável e lodacento. Tenho saudades do Nilo. Amo o Nilo, amo a chuva que alimenta o Nilo. Tenho saudades. Saudades de muitas coisas, cujas lembranças me são despertadas por esta chuva transparente que rega o jardim, que oiço cair lá fora serenamente por entre a escuridão.
E tenho saudades do futuro. De um futuro depois da chuva.
Falling on my head like a memory
Falling on my head like a new emotion
Eurythmics, "Here Comes the Rain Again"
Tão apropriada a letra...
Chove e eu já tinha saudades da chuva. Tinha saudades do cheiro da terra molhada e da água limpa. Tão "clean" o cheiro da chuva, tão isento, tão transparente. E tão metafórica a chuva. Tão plena de simbolismos. Vivificante e salvífica na sua transparência e, paradoxalmente, tão destruidora na sua torrencialidade opaca.
Penso na duplicidade da chuva e lembro-me das águas do Nilo e do Amazonas, ambos alimentados por chuvas de terras altas, mas um plácido e azul o outro indomável e lodacento. Tenho saudades do Nilo. Amo o Nilo, amo a chuva que alimenta o Nilo. Tenho saudades. Saudades de muitas coisas, cujas lembranças me são despertadas por esta chuva transparente que rega o jardim, que oiço cair lá fora serenamente por entre a escuridão.
E tenho saudades do futuro. De um futuro depois da chuva.
13 comentários:
Os Eurythmics não foram de forma alguma um dos grupos canastrões da década de 80, a voz de Annie Lennox até se ouvia, mesmo que a milhas da minha diva em termos vocais da época, Liz Frazer. Gosto de chuva desde que não tenha de efectuar algum trabalho exterior ou conduzir longas distâncias-
Caríssima Blonde,
esprestar-te-ia, com todo o gosto, o fósforo iluminador de almas mas não o possuo...
Recorrendo à etiqueta desta publicação temos que viver da melhor forma que pudermos e soubermos: Walking in our shoes.
Dias há que o raio dos sapatos magoam muito!!
Só nos resta sentar e esperar que alarguem um pouco...
O caminho faz-se caminhando.
Como dizia o Guterres:
É a vida!
Um beijo respeitoso e solidário.
Já somos dois. Sou sempre olhado de lado quando digo que adoro a chuva. Não fosse neste momento ter o nariz a pingar e até te dava uma beijoca...
Saudades do futuro...belo.
Olá Blonde,
Adoro a chuva, adoro andar á chuva e ouvir o seu cair compassado, gosto da melancolia que me provoca, gosto de me perder no manto de nevoeiro. tal como tu gosto do cheiro da terra molhada.
Fica bem
Joy
As primeiras chuvas vêm carregadas de pó e mancham-me o carro, diluem o óleo acumulado nas estradas e provocam acidentes que me atrasam no regresso a casa, sim adoro as primeiras chuvas! E já agora a Bimbi não é uma panela!
Blondie,
e tu dizes que não és de poesia? A tua prosa tem mais poesia que alguns poemas que tenho lido...
Já agora, vou dar uma resposta ali à Carol... minha querida, sentir a chuva na cara, enquanto se corre, a lama nas pernas depois de uma placagem bem feita, um abraço molhado no meio de uma equipa que acabou de suar e ganhar um ensaio à melhor equipa nacional... as memórias são as melhores que tenho... correr e marcar um ensaio debaixo de chuva torrencial, sim, é lindo e saboroso, acredita!
É um prazer lê-la, não estou a louvaminhar, digo o que penso. É um belo texto sobre a chuva que me faz senti-la batendo nas vidraças, enquanto estou anafado na semi-obscuridade do quarto, ou a enfrento molhando-me o rosto.
aha! és poetiza sim senhora!
Toma, toma, estou com a indomavel, depois vem cá com a conversa blá. blá, blá, frases não sei que, tretas!
Fora isso e agora num tom mais matematico. Gosto de chuva se e só se: Não tiver de sair de casa.
Estiver de baixo de uma mantinha
Estiver a fazer romrom.
Mas é verdade que tal como toda a gente adoro o cheirinho da terra molhada. No entando cheira melhor depois da chuva, depois...Durante...Não gosto de me molhar...
beijos
Então para o pessoal que gosta mesmo é de ouvir a chuva bater no vidro lá, vou escrever uma posta lá rato, a contar das maravilhas de levar com bátegas no corpo todo, enquanto se sente o calor duma boa corrida e batalha rugbysta... querem ler? Vão lá pá!
Ó people que andam para aí a dizer dos meus dotes poéticos:
VOCÊS PARAM COM ISSO?:) Olha-m'estes! Anda uma pessoa mais "zen" e logo ouve uma coisa destas! Isto é só melancolia, melancolia, nada de poetiquices, estão a ouvir?
Ó pá, qualquer dia prego uma valente canelada ao raio do "blogger", este instrumento do imperialismo!
Não é que o senhor dito cujo me amarfanhou o comentário que cá tinha deixado?
Isto assim ... vai-se a ver, ainda a "chefe" me puxa as orelhas por eu nada dizer ... ai, a vida ... caneco ... mas prontos!
Olha, azarito ... mas andas "zen"? Então, ainda bem ... estás a temperar o espírito!
Passei e deixo saudções amigas
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