O que eu acho da Profª. Maria Filomena Mónica, outra Loura com PhD, é que diz sempre umas verdades muito assertivas. É dela uma das frases com que mais me identifico "é preciso amar muito Portugal para o criticar", cito de memória mas era mais ou menos isto. Ora, eu, que até nem nasci nesta língua, como costumo dizer, sou uma criticante praticante e impenitente e venham-me cá perguntar se eu renunciaria à nacionalidade e eu grito: "NUNCA!"
Hoje o "i" publica uma entrevista com ela e lê-se de jacto com acenos de cabeça. Não partilho bem a posição político-ideológica da Profª. porque acho que podemos ser tendencialmente de direita e a favor da eutanásia e do aborto (eu sou as três coisas e, ademais, de uma geração pós-ditadura) mas subscrevo na íntegra que "parte da mediocridade do que se passa no Parlamento deriva da impossibilidade de nós votarmos numa pessoa."
Também nunca percebi o antagonismo figadal que lhe devotam os tais dos "queirosianos". Quer dizer..., saber até sei (são mesmo as razões ali expostas na entrevista), mas é incompreensível. Levei imenso nas orelhas por ter citado a biografia dela do Eça no meu PhD (que nada tem de Queirós literário porque o que eu gosto é Política e Jornalismo, mas mesmo assim e como me avisaram: "é um risco que assume" e assumi). Se calhar queriam, os outros, claro, ficar para sempre agarrados ao Gaspar Simões e a uma biografia "oficial" velha de décadas. Enfim...
Gosto do pensamento pedrada no charco mas constrange-me que, neste país, as vozes encarreiradas acabem, quase sempre, por se sobrepor a quem ousa a diferença, concordemos, ou não, com ela. Claro, gostei de ler a entrevista.
3 comentários:
E depois de muito criticar resignamos-nos!
a diferença paga-se
normalmente em moeda de só
Ainda não li a entrevista, mas agora despertou-me a curiosidade. Concordo com muito do que afirma, excetpo na parte do Aborto e Eutanásia, sou contra ambos, e claro, a parte de votar numa pessoa, assino por baixo.
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