25 de setembro de 2009

Vamos a votos. E agora?



Agora a Blonde está confusa.

Como é que se vota quando nem programas, nem partidos, pior, nem candidatos, galvanizam a opinião pública ou geram grandes empatias? Abster-me não é hipótese (fui votar até no dia em que a Mãe morreu porque creio que o bem-comum e o dever cívico se sobrepõem ao interesse, neste caso, dor, pessoal). Votar em branco, como agora propõem certos movimentos que não devem ter nada mais interessante para debater, é validar escolhas de terceiros e tão negligente como abster-me.
Resta-me remeter-me às ideologias partidárias que, neste momento, não sei onde param. Olho para as Esquerdas e as Direitas e só me confronto com vazios. Penso em termos genéricos no que representam ambas e quais as clivagens ideológicas que presumem representar e é só isso. Não há mais nada, nada de substancial que me incline, com certezas, para um partido ou outro. De que me interessa o TGV, ou escutas à Presidência, ou escândalos político-partidários num país em falência técnica sócio-económica? De que servem promessas meio abstractas de não aumento de impostos ou contenção orçamental se não me explicam o que se entende por essas vacuidades? Ou como as pretendem implementar? Sim, vou votar meio, ou completamente, às cegas em algo que se vulgariza chamar um voto útil, como se os restantes fossem inúteis.
Votemos, então.

11 comentários:

Eu Mesma! disse...

eu confesso que destas eleições ainda pouco ouvi....

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
António de Almeida disse...

Há uns anos Emídio Rangel foi absolutamente premonitor, afirmou que seria capaz de vender um político da mesma forma que um sabonete. Curiosamente hoje é um indefectível apoiante de José Sócrates. Mas dou uma ajuda aos indecisos, quem analisar em consciência que o país está economicamente mais desenvolvido que há quatro anos atrás, quem confiar que o TGV e o novo aeroporto irão trazer o progresso económico que os estádios do Euro 2004, CCB, Expo 98, Casa da Música e outros investimentos não trouxeram, que desta vez é que é, tem perspectivas de ter uma vida melhor, deve votar PS, é justo! De contrário deve procurar uma alternativa...

Unknown disse...

Cara Blonde,

Ao olhar para as nossas eleições (ou para outras quaisquer a bem dizer) tenho como política: se não consegues votar a favor... ao menos vota contra.

Nestas eleições, contudo, prefiro o bem e a organização deste País à beira mar instalado. Vou votar para dar uma maioria estável (leia-se absoluta se for o caso) a um dos partidos do meio da tabela (a bem dizer o PS hoje trabalha mais à direita do que o PSD e como tal a coisa se calhar nem é muito absurda).

Quer as pessoas acreditem quer não a estabilidade política de uma maioria garante uma estabilidade no contexto de negócios e de desenvolvimento muito maior que a versão democrática de compromissos entre partidos. Se as pessoas não concordam maioritariamente com o que o partido no governo anda a fazer então devemos dar oportunidade ao adversário de o fazer, mas de uma forma clara. Meias tintas não adiantam a ninguém.

É claro que da última vez que isso foi feito a direito acabámos em 49 anos de Governo consistente. Não é isso que advogo (mudanças de 4 em 4 anos é razoável), mas que em cada período quem governa deve ter estabilidade isso é uma máxima de que não abdico - tudo o resto que vi é muito mau para sequer contemplar.

Enfim maluquices de quem já passou por cá uns anos a ver muito disparate.

Chinook

Unknown disse...

Cara Blonde,

Peço desculpa de juntar mais uns à parte:
a) PS e PSD têm culpas correspondentes nos vários grandes investimentos feitos no País;
b) o problema dos pequenos partidos é que em geral criticam mas têm sempre o cuidado de não apresentar soluções (o que sempre facilita a vida);
c) os grandes investimentos públicos têm a vantagem de aumentar o volume de negócio (nem que seja pontualmente) durante uma fase da vida do País;
d) empregos vêm se houver dinheiro a circular e isso não acontece se não houver projectos, com alguma credibilidade, ao longo do tempo (isto sem pensar em contratempos como crises mundiais como a actual);
e) e desculpem as pessoas que não viveram períodos em que o investimento era quase nulo e em que as pessoas iam para a bicha da sopa dos pobres ou para trás dos quartéis à espera das sobras e que acham que a vida agora não é melhor.

Anónimo disse...

Loirita,
sofro de similar dúvida.
Não quero mais destes políticos, não vou faltar ao dever de votar para continuar a merecer o direito, mas não vejo novidade...
Já pensei votar em branco.
Acho que quando tiver o boletim na mão verei para onde me foge a esferográfica.

Beijo.

Anónimo disse...

Está difícil, está, mas lá decidi. Em consciência e sem me deixar influenciar pelos soundbytes.

Mc Ako disse...

eu vou votar no mal menor. é tão triste não gostar do que se tem e só ter alternativas piores...

Daniel Santos disse...

Eu voto nos pequenos.

Fernando Vasconcelos disse...

Se achamos que o problema está no sistema então o único voto util é em qualquer alternativa que não tenha feito parte do sistema. E felizmente hoje há várias da esquerda à direita até à frente ...

mdsol disse...

:)