29 de janeiro de 2010

Que stress!!!


HEEEEEEELLLLLP!!!!!, que já nem sei de que terra sou!
Quem foi a inteligência rara que inventou a vida moderna?!

27 de janeiro de 2010

O Orçamento da Pen Drive


Regresso eu de uns dias de fins do mundo, longe da voragem da informação e do quotidiano e eis que me deparo com o meu país em estado de graça (graça no sentido hilariante em que esta nação é pródiga, benz'a Deus).
Estando a Blonde na cozinha em (des)preparos de jantar com a TV ligada no noticiário e não é que interrompem a emissão, não uma, mas duas vezes, para um directo da entrega da pen com o Orçamento de Estado?! Fiquei parva! As hordas de jornalistas e cameramen à molhada para filmarem o momento da entrega... da pen. Isto é normal?

24 de janeiro de 2010

Sardinhada à espanhola


Sol. Esplanada. Mar. Espanha. Blonde pede sardinhas.

No comments...


PS - Estão fritas e acompanhadas por batata frita para o caso de estarem tão aparvalhados com a imagem como eu fiquei com a coisa real.

22 de janeiro de 2010

A intenção era boa


Surprise! Surprise!
Óóóóó!

Pois... a intenção até era boa, mas entre velas temperamentais, fogo posto e cera derretida... e do bolo restou a intenção (bem, ainda deu para aproveitar umas fatias depois de muito trabalho arqueológico). Sim, bela maneira de entrar no novo Ano de Vida!:)

E se considerarmos que ser acordada às 3.30 da manhã pelo people da Securitas a informar que faltou a luz no local de residência e depois às 6.50 e às 7.50 pela malta madrugadora que quer entrar no Guiness de dar os parabéns, quer dizer: gimme a break! O que é que será que isto augura? Ó deuses!
:)

19 de janeiro de 2010

E depois também há estes momentos


Quando eu era miúda e escrevia-me nas páginas dos diários que todas as adolescentes guardam, tirava sempre o dia anterior ao meu aniversário para me deitar a escrever o que fora o meu ano de Vida. Deixei-me disso quando veio a Vida, aquela que nos consome os momentos adultos. Mas hoje repego o hábito esquecido na gaveta que quase nunca se abre.
Este tinha tudo para ser um ano mau: o divórcio que se prolonga infindo nas barras dos tribunais, o aprender a viver na solidão desacompanhada, porque da outra havia uma rotina muito oleada que me fazia até preferi-la ao meu casamento, o reaprender a estar neste casarão sem a família tal como eu me lembro dela existir antes de a Mãe morrer, o curar o coração dos abanões que levou no entretanto, enfim o ser Eu por Mim. Estavam lá todos os ingredientes para a hecatombe, para o desânimo, a dúvida, a fraqueza e a falta de vontade para ir em frente nos dias em que quase não apetecia levantar, nos dias em que as lágrimas vinham de manso, nos dias em que o paternalismo amigo dos que nos amam só nos apieda de nós próprios e nos vulnerabiliza, nos dias em que pura e simplesmente nada faz sentido e tudo pesa mais do que o que podemos carregar no nosso cansaço.
No entanto, acabou por ser um ano bom, um ano entre os melhores. Voltaram os sorrisos e a voz soltou-se na vontade de cantar depois da mudez. Descobri-me tanto. Despi-me tanto: aos meus olhos e aos dos outros. Passei de um estado de transparência perante a Vida para um outro de densidade, de agarrá-la mais do que nunca. Desmecanizei-me de tantos grilhões rotineiros. Apreciei tanto a minha solidão em mim comigo.
Não fiz tudo sózinha. A família estava lá: todos nós e cada um dos três a viver uma vida nova num caminho novo que fizémos e a que nos tivémos de habituar depois de a Mãe partir. Voltei a ter o Pai, o Papi que eu não conhecia desde que o descobri Homem e não Pai e como custa descobrir que os nossos pais são outra coisa que não somente pais depurados de todas as outras facetas de homens, humanos e masculinos. A Mana cuidou de mim e não o inverso: afastou-me de solidões porque nunca me tinha visto na solidão, sabia-me solitária, sempre, mas não me conhecia dona de mim por mim. E estavam lá os amigos, as bóias de salvação a que eu sei me posso agarrar quando o quotidiano me atemoriza mais ou me fustiga mais do que o costume. Estavam lá, mesmo. Porém, o caminho era meu, uma espécie de via-sacra que, por muita gente que me rodeasse, era eu que subiria ao Gólgota pelos meus próprios pés. Não subi exactamente ao Gólgota, mas fica a imagem.
Surpreendo-me hoje, e tantos dias, por este ano assombroso: porque sublime, porque emancipado, porque de descobertas e conquistas. Viajei o que tinha de viajar. Fiz o que tinha a fazer profissionalmente e o resultado foi compensador, tão. Conheci gente. Dei-me com e dei-me a gente. Sobretudo, descobri que a felicidade está no final de um caminho para onde convergem os passos que demos sempre, sempre que pusémos um pé à frente do outro. Descobri que há coincidências à nossa espera se soubermos ler nas entrelinhas e estivermos de mente aberta para as deixar acontecer. E descobri que ler sorrisos nos olhos do outro é ler os sorrisos do nosso reflexo.
Mil vezes este ano, mil vezes a todos os anos acéfalos, habituais, sem mossas, sem inquietudes e inquietações. Mil vezes os dias de lágrimas e solidões que depois desaguam nisto: o flashback que diz que tudo valeu a pena, aos dias de alegrias fáceis ou fingidas, aos dias em que vivemos por viver para não sentir porque o sentir dói. E a dor ignora-se facilmente. Meu Deus, como dá trabalho encarar a dor e sair do comodismo da ignorância e do faz-de-conta. Como é fácil abstrairmo-nos da dor. Sim, muito mais fácil do que sair para o grande mundo não-cartografado da Vida lá fora.
O que vos digo? Vale a pena. Vale tudo a pena quando nós somos a meta, quando olhamos para o medo e nos apercebemos que, afinal, e nós não sabíamos, o medo tem medo de nós.
Amanhã faço anos. Dizem que os nativos de Capricórnio atingem a felicidade depois dos 40. Ainda me falta um pedaço, mas já a espreito...

17 de janeiro de 2010

Momentos assim...


Dou-me conta de que estou sózinha neste hotel perdido no meio da serra húmida e envolta em bruma. A única hóspede num mosteiro transformado em poiso de turistas. Os meus passos ecoam pelos chãos de pedra e pelas escadarias de degraus gastos pelo uso. Está frio, um frio ampliado pelo som constante de água a correr. O borbulhar da fonte no claustro, a água que se escoa para os tanques, a água que deve emprestar uma sensação de frescura no meio do Estio alentejano e que, agora, só contribui para o frio que se entranha pela roupa dentro. E é tão só isso, estou aqui no meu sossego solitário. Um espaço destes só meu.
O gerente, presumo que seja o gerente pela conversa telefónica que lhe ouvi quando cheguei à recepção, faz-me o segundo tour do convento depois de a menina da recepção me ter levado por corredores de azulejos e escadas largas ao meu quarto, uma antiga cela de paredes grossas e uma janela exígua. Vê-me citadina a destoar da paisagem e fala-me da sala de jogos e da sala de televisão como se eu estivesse para aí virada. O máximo tecnológico que preciso é um ponto wireless ou um código de acesso à net, explico ouvindo em retorno todas as indicações de como me ligar à net. Aponta-me o salão onde eu estarei mais confortável e disponibiliza-se para tudo o que eu precisar. Mas eu sinto-me constrangida por tanta atenção.
Mais tarde dou uma volta pelos jardins. Está tudo ermo. Gosto de andar por ali sózinha a empurrar portas velhas que se não abrem e a espreitar por outras entreabertas. Descuro placas que dizem "Guests only" enquanto penso: "Hey, I'm a guest! Posso ir por aqui." Não encontro vivalma. Regresso ao edifício principal para descobrir que nenhuma tomada (nem no quarto, nem no salão principal) tem energia e eu preciso carregar o telemóvel e ligar o pc que não tem bateria. Queixo-me na recepção. Diligentemente alguém vai ligar o quadro eléctrico e o gesto relembra-me que, de facto, estou ali só eu.
Instalo-me no salão, longe da lareira que não fuma. Sinto que me observam olhos que eu não vejo. A música ambiente é ligada. Luzes são ligadas. Alguém que eu não vi apercebe-se de que o fumo da lareira me incomoda e vem-me convidar a ir para uma sala mais recatada onde se acende uma lareira que fuma bem. Mais tarde trazem-me um chá e bolos (cumprimentos da gerência).
Escolho Ceilão que, quente e fumegante, me sabe bem no meio da humidade e do dia triste de Inverno. Fico ali quieta uns instantes sonolentos perdida em pensamentos mornos do que eu fiz na vida que me trouxe aqui a este momento. Embalo-me na mente que voa pela sequência de coincidências, de acasos e de premeditações que fizeram que a minha vida seja o que é hoje e que me permitem um chá com bolos no meio da serra num convento antigo longe de tudo mas perto de mim...

15 de janeiro de 2010

Antevisão das manchetes da imprensa de fim-de-semana

Blonde sem GPS perde-se algures em parte incerta da Serra d'Ossa.

Ainda se desconhece o seu paradeiro. Populares entrevistados afiançam ter avistado Loura mononeural citadina ao volante da sua carrinha antes desta se ter eclipsado dos radares de controlo florestal. Na altura do desaparecimento vestia um mini-vestido encarnado e botas de cano alto. Enviados especiais ao local informam que testemunhas terão ouvido a Blonde pronunciar algo como "Ferrmenta choça!" olhando para o mapa Google que aparentemente levaria consigo. Contactado um especialista em linguística, apurou-se que Blonde terá proferido "verdammte Scheisse", um conhecido coloquialismo alemão para momentos de stress. Autarcas locais consideram a hipótese de abrir percurso turístico pela Serra denominado "Na peugada da Blonde", o que, espera-se, trará um incremento de visitantes à área do Redondo e cercanias e o tão almejado progresso. As buscas para se encontrar a Blonde perdida e desnorteada prosseguem à hora de fecho desta edição. Ignora-se se terá chegado a Espanha sem se aperceber.

14 de janeiro de 2010

De Maria de Lourdes Pintasilgo ou como o País por vezes trata os seus


E lá fui, enfrentando a noite invernosa, à antestreia do documentário sobre Maria de Lourdes Pintasilgo na Fundação Gulbenkian. A companhia "até" era agradável e eu não sabia nada sobre a pessoa em causa (cf. o documentário que estreia na RTP2 no Sábado às 21.00). E o que é que eu descobri, que, infelizmente, não me surpreende: que o reconhecimento é uma palavra ingrata no nosso léxico, que as mesquenhices e invejazinhas provincianas rasteiram aqueles que sobressaem da multidão pelo intelecto, a obra, as opiniões ou por isto tudo.
Depois, depois do esquecimento, lá vem alguém na boa-vontade ressuscitadora e reabilitadora e tenta fazer as pazes com passados e imagens. Lá sai um ou outro documentário, um ou outro livro, um ou outro encómio. Se gostei do que vi?, sim, é um esforço de homenagem. Mas ficou tanto por dizer, e bem sei que nunca se diz tudo quando o formato é um espartilho. Incomodou-me a alusão velada e omnipresente de lesbianismo. Que falta fazia? Que propósito? Fiquei com curiosidade de muita coisa. No fundo, senti aquela gratidão feminina de quem vive nestes (semi)privilégios no séc. XXI. Gostei, mais do que do documentário, de saber que esta pessoa existiu no nosso mundo, no nosso canto pré-globalizado, um pequeno degrau na nossa História.

12 de janeiro de 2010

Estou fartinha...

... da invernia
... de tanta chuva
... de tanto congestionamento de trânsito
... de tanto corte de energia
... de o alarme de casa ligar, desligar e apitar e infernizar-me à conta das falhas eléctricas
... de os termo-acumuladores de casa não acumularem o que é suposto por falhas de energia
... de o Spotty me patinhar tudo e chafurdar na lama como diabrete desobediente que é

Quero Primavera asap!

8 de janeiro de 2010

Ó vídeo mais horroroso!

Ele há coisas que às vezes é melhor ficarem na santa (e santa é a palavra certa) ignorância.
Lá no ginásio o meu instrutor de body pump põe esta faixa para a parte de peitorais (acho que para dar uma de condescendente para com a minha germânica pessoa). E a coincidência é que eu "curto" fazer os exercícios (tirando a parte de me saírem os olhos das órbitas com o raio da barra dos pesos) ao som desta música. Cantarolando a dita, resolvi fazer uma youtubada. Gott im Himmel!!!!!! Mas que diabo é isto? Que vídeo mais horrível!
É a melhor coisinha da minha vida não ter herdado o gosto piroso dos alemães, isso e mais o nem poder ver Birkenstock à minha frente (então quando eles as usam com meias roxas ou brancas, Cristo, cruzes, senhores!).
Ai, agora até me assustei!

7 de janeiro de 2010

PS e disciplina de voto

Um partido que impõe disciplina de voto num assunto socialmente fracturante como a adopção por casais do mesmo sexo e que, depois, admite e justifica excepções, que parte do conceito de democracia é que não percebe?

6 de janeiro de 2010

Ó que MEGA neura com a ZON TVCabo!!


Se vou perder dez minutos da minha vida a compor este mail é porque estou muito, mas mesmo muito, e muito é realmente muito, irritada! Melhor que isto só mesmo as trapalhadas judiciais do meu interminável divórcio (muito litigante, by the way).
Transcrevo, na íntegra, a carta maravilhosa que a ZON TVCabo teve a grata gentileza de me remeter para me deixar neste estado de tamanha perplexidade que acho que o meu neurónio vai emigrar para as Canárias. Segue:
Estimado cliente,
Vimos por este meio informar que o serviço de Internet ADSL de que é subscritor será descontinuado a partir do dia 28 de Fevereiro de 2010, data a partir da qual deixará de ter acesso à sua Personal Web Page (PWP) e a todas as contas de e-mail que possui, em virtude da cessação da referida oferta de serviço nesta data. A mensalidade do mês de Fevereiro não será cobrada.
Como alternativa ao seu actual serviço de Internet ADSL, e como forma de minorar o impacto causado com a cessação da oferta ADSL, poderá aderir a um dos seguintes pacotes de Internet 3G da ZON TVCabo:
Segue o tarifário blablablabla.
Para aceder a este serviço, deverá adquirir a placa 3G no valor de 29.90 euros. Coneça todos os detalhes desta oferta em www.zon.pt
Para qualquer esclarecimento adicional agradecemos que ligue para o serviço de Apoio ao Cliente através do 16990 (grátis da rede fixa).
Com os melhores cumprimentos,
Nuno Sanches
Director de Produto Internet

??????????????????????????????????? Desculpem, vou repetir: ??????????????????????
Acham que é preciso dizer que a ZON TVCabo acaba de ficar com uma cliente Blonde a menos? Acham que eu posso processar os tipos? Então, cessam o serviço ADSL porque sim, agora fique lá refém de não ter net e compre a geringonça da placa 3D e ainda tem sorte que isto é uma oferta, olha se não fosse!

Raios os partam que me fazem ir fazer uma pesquisa de mercado a ver quem é que me vai pôr net aqui em casa. Cambada!

5 de janeiro de 2010

Ó que neura 2!


E não é que já não há bilhetes NENHUNS em lado NENHUM para o Michael Bolton!!! Rats! And double rats!!!
Eu a pensar que era só eu e o meu gosto pimba, afinal está o Coliseu esgotado de pimbas! It's so not fair! Damn!

4 de janeiro de 2010

Ó que neura!

Eu estou de neura! O Spotty está de neura! (de neura ou com neura, ó raio de língua que nunca atino com as preposições e isto ainda me dá mais neura!).
É dia e estou aqui enfiada no escritório com a luz acesa! Preciso preparar uma palestra e não estou com a mínima inspiração (já agora, alguém sabe alguma coisa de bombardeiros Stealth em liguagem de gente?). Apetece-me comer chocolate e eu nem ligo a chocolates mas tenho uma barra de meio kilo de chocolate belga que me está a dar ardores pecaminosos e ainda desço à despensa e faço uma desgraça. As férias já lá vão. Chove que se desunha. Tirando comer chocolate, não me apetece fazer nada. O Spotty está de trombas. Olha para o jardim e vê a relva alagada, olha para mim e de trombas me vê. Isto é que vai aqui uma animação.
Heeeeeelp!