16 de julho de 2010

Continuando em Göteborg


Então imaginem: 5.000 delegados; 47 sessões paralelas; além do centro de congressos, o Svenska Mässans, há mais 6 locais com sessões da conferência e a mim calhou-me uma sala para 400 pessoas. É de doidos! Caí no mundo da academia em formato mega-hiper. Dou por mim a pensar onde é que há Ciência que dê para encher isto tudo. Não sei se este é o melhor caminho, é, pelo menos, o caminho actual. Há de tudo, mas o bestialmente bom é raro. Raríssimo.
Não sei o que acharão de mim, no meu formato loura-bimba-fashionista. Recebo os olhares curiosos da praxe. Oiço em comentário que é difícil chegar ao meu grau de precisão. É-me indiferente em termos de feedback. Mas o mesmo não se passa quando me vêm dizer que eu tenho a linguagem capaz de levar a Ciência ao público fora da academia. Entro em modo networking.
Passa da uma da manhã. Vai clarear dentro em pouco. Amanheceu a chover, mas depois do jantar das conversas de ocasião: qual a tua área, o que fizeste no phd, em que projectos estás, e o que pensas de x ou de pto, e ai que giro o teu percurso e ai gostei do teu paper ou ai que pena não pude estar no teu paper, vim a caminhar devagar para o hotel. Há música ao vivo nos bares por onde passo, apetece-me parar mas estou cansada demais para que o neurónio funcione ao nível mais elementar. Vejo os canais de águas paradas e as igrejas em estilo nórdico sóbrio. Amanhã talvez tenha mais tempo...

2 comentários:

Eu Mesma! disse...

Com muita calma tudo se resolve....

antonio ganhão disse...

O mundo pode esgotar-se em anfiteatros de perder a vista, na imensidão do seu universo, mas continuará de olho na Blonde.

Existe coisas que nunca mudam. Obrigado.