15 de maio de 2011

De novo em casa

Está noite. Estaciono no quintal, em frente à garagem. Dou-me uns longos momentos antes de sair da carrinha. A temperatura amena transporta-me aqui em Verão e eu venho do frio, o fresco que me arrepia apesar do sol que espreita de vez em quando. Aqui a temperatura é de veludo. Oiço o coaxar das rãs no rio. Estou de regresso ao meu mundo.
Entro em casa e deponho as bagagens em desarranjo com pressa de ir passar revista à casa. As flores frescas que a Paula cá deixou em abundantes ramos. O pão em cima da mesa da cozinha com medo que eu chegasse tarde e com fome. Ovos. No tampo de vidro da mesa noto uma mancha indistinta. Mel. Um frasco sem tampa tombou. Estou cansada para ir limpar a viscosidade. Tem de ser.
Subo ao primeiro andar. Ligo a luz da casa-de-banho. Um clarão e escuridão a seguir. Sim, cheguei à domesticidade do meu mundo rodeado de noite com rãs coaxantes e gente que cuida de mim e a Casa, esta Casa grande que se vai preenchendo de mim cada vez mais...

4 comentários:

ana disse...

Tão bom ter flores em casa à nossa espera e colocadas por outras pessoas. :)
Obrigada pela sua visita e foi muito bom ler o seu texto. Bom regresso se for esse o caso.

Joaquim Alves disse...

Não há nada como a nossa casa!

E se ela for no meio da natureza, melhor ainda!

Abraço

António de Almeida disse...

Seja bem regressada a este país surreal, onde os nativos enterram cada vez mais a cabeça na areia, enquanto o seu querido e admirável líder os conduz ao precipício...

Leonor disse...

É bom chegar a casa :)