3 de janeiro de 2012

Chá verde com amizade

Habitualmente escolhemos a Baixa em fim de tarde, Natal à porta e gente na rua. É uma espécie de ritual anual. Houve uma altura em que eram almoços mas confesso que acho os nossos chás de invernos meridionais numa cidade ribeirinha um encontro mais caloroso. Temos sempre imenso para falar e tagarelamos sem fim à vista. Separam-nos gerações mas unem-nos traços de carácter, respeito mútuo, interesses comuns que fazem com que esta amizade quase improvável dure e perdure e me enterneça tanto.
Hoje bebo chá que ela me deu enquanto trabalho nas coisas de que lhe falo nos nossos encontros. De certa forma, ela ajudou a preparar-me para isto. E aqui estou, feliz na lembrança e de coração quente de chá e memória de conversas na Baixa ao cair da tarde.


4 comentários:

antónio ganhão disse...

O mundo possível por vezes habita nas nossas memórias.

Daniel Santos disse...

Um chá... muito bem.

mfc disse...

Importa mais o calor do encontro... mas com chá vai muito bem!

Ältere Leute disse...

Beleza de Flor! E do resto. Imagino-lhe o aroma. E o sabor. As mais longínquas e as mais próximas "Erinnerungen". Quase dezoito anos de intervalo entre elas. Durará tanto tempo uma flor-de-chá? Que venham "aqui" -as "Erinnerungen" - por muitos e bons anos.Uma espécie de "relatório" com o sentimento que os de então, embora já nascente, não permitiam mostrar sob pena de lesa-objectividade!