Depois de no CCB, Vasco Graça Moura ter dito aqui d'El Rei e suspendido o uso do nefando (Des)Acordo, eis a Faculdade de Letras de Lisboa a enveredar por um caminho de liberalidade: quem quer adopta, quem não quer escreve à antiga. Ontem também o Jornal de Angola criticava o Acordo, dirigindo-se a nós, ex-metrópole, com discursos paternalistas de quem não ratificou, tal como Moçambique, este vexame à língua.
Parece-me que isto não é o fim da discussão. Palpita-me que até à sua total implementação muita água vá correr debaixo da ponte. Por mim, sou contra. As línguas evoluem sem necessidades legislativas, são supra-governos, supra-leis e a prova está na dificuldade que existe em implementar mudanças com a força brutal da lei no papel. Seja como for, a minha vénia a Vasco Graça Moura, ao Professor António Feijó, aos paternalismos do Jornal de Angola e a todos os que, no mundo livre da língua, resistem a esta ingerência anti-democrática no universo de uma língua viva coberta dos pergaminhos que faltam ao Legislador.
3 comentários:
E a diversidade enriquece a língua.
Saudades loira.
Beijos grandes!
Eu também não embarco...
Fico-me pelo modo lindo como aprendi a minha língua!
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