24 de fevereiro de 2012
Regar a acácia
Rego a acácia que trouxe clandestina do Egipto. Perdeu o viço na secura deste Inverno estranho e eu não quero que morra. À beira do Nilo tinha água. Ironia ter vindo para um país de chuvas sazonais e ressentir-se que lhe falta água nas raízes. Deve ter saudades da voz dos Muezzins que anunciam o dia e o crepúsculo. Talvez se lembre das faluas lentas sobre as águas lânguidas. Talvez morra longe como eu pensei que morria longe antes de a ter arrancado da terra de um jardim meridional. Que Inverno estranho este que não me deixa semear a terra, logo no ano em que me decidi semeá-la e cuidá-la por mim.
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2 comentários:
E embreve vais ver a acácia florir, como na "Toada de Portalegre" do Régio!
As partidas do clima mediterrânico!
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