Foi por acaso que a apanhei num zapping. Fiquei a ver. Gostei. Decidi que vou tentar seguir esta novela. É assim uma coisa mítica de que toda a gente fala e eu nunca vi. Bem sei que o elenco não é o mesmo, que a Gabriela não é a Sónia Braga (nem achei esta actriz que faz de Gabriela nada de especial) mas gostei dos cenários, dos diálogos do sotaque daquele Brasil longe do cosmopolismo.
Depois de acabar o episódio subi à biblioteca, sabia que tinha de ter o livro algures. Tinha. Tirei-o da prateleira. Um livro com muitos anos que nem era meu e agora é porque eu herdei os livros da Mãe. Vou ler e vou ver a novela.
Lembrei-me que quando a Gabriela original passou na televisão, Portugal era um país pobre e às pessoas pouco mais restava do que ver a Sónia Braga e comentar a telenovela que se estreava nos écrãs. Estas décadas depois e Portugal está pobre e desmotivado. Talvez que ver a novela volte a ser o tempo de ausência da crise que foi nos finais de setenta.
É isso, vou ver uma telenovela.
5 comentários:
Vi a telenovela, na altura (com dez ou doze anos), e li o livro, uns anos mais tarde. Já não me lembro de pormenores, mas sei que são bastante diferentes um do outro (só para te avisar, pois não sei como será a nova edição da telenovela).
Mais uma achega: Portugal, no final dos anos setenta, era pobre e estava em crise. Mas a revolução estava fresca, havia ainda muita esperança. E hoje?
Tempo de ausência de crise, o final dos anos 70? Sabia que a primeira vez que o FMI interveio em Portugal foi exactamente nessa altura?
Lembro-me de ver a Gabriela ainda na TV a p&b. E lembro-me de como foi um fenómeno marcante. Ontem não vi esta nova versão.
Ler o livro em questão é, sem dúvida, algo a fazer.
Eu só não vejo pq ainda não tenho TV nem sei se me apetece ter... Já o livro é uma alternativa... EXCELLENT! :))
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