18 de março de 2013

Desconectar-me

Tranco a casa Sexta à tarde. Vou trabalhar longe e non-stop até Sábado ao fim do dia. Regressarei a  casa já noitinha no Domingo. Não vejo mails. Não leio notícias. Não faço telefonemas. Os olhos vêem o mar revolto do Guincho. Há caminhos de água, hera e árvores caídas com vendavais na Serra. Lancho travesseiros e chocolate quente. Esqueço-me que vivo num país deprimido e esmagado. E surpreendo-me a cada pessoa que passa por mim que ainda vivamos tentando fazer como se nada fosse. Sinto-me feliz por ainda me restar a capacidade de me desligar do apetite noticioso e da tecnologia opressiva que nos traz a envolvente de depressão para a nossa beira.

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