Fico sempre entusiasmada quando me chegam as provas de um trabalho que vai ser publicado. Hoje acordei e lá estava ele: "War and Imperialism: The Annexation of Egypt" à minha espera.
Enquanto eu estava a crescer, havia duas coisas que me balançavam: o David Attenborough (que ainda me balança como o diabo) e a época dos grandes impérios coloniais (que me balançaram ao ponto de se terem tornado o meu caminho).
Bebia na tela e na televisão a "África Minha", "A Jóia da Coroa", "The Flame Trees of Tikka", "Ghandi", "A Passage to India" e o "Chaka the Zulu"; lia o Kipling, o E. M. Forster e o Conrad e, claro, no plano lúdico adorava tudo o que era Indiana Jones e as King Solomon's Mines. A nível nacional, havia a "Nau Catrineta" com as histórias do Silva Porto e do Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, as travessias de Angola à Contra-Costa e eu era fascinada pelos relatos expedicionários que, para mim, começavam no meu adorado Marco Polo. Cresci.
Algures no caminho decidi juntar tudo. Na hora de decidir Mestrados e Doutoramentos não havia volta a dar: quero o Império, as expedições e as guerras, as batalhas diplomáticas, as aventuras e a cartografia; quero os Livingstones, os Burtons e os Spekes, as nascentes do Nilo e as Montanhas da Lua; quero o Zimbabué, os Matabeles, os Zulus e Isandlwana; e quero o mundo sem fronteiras do Attenborough e dizer-lhe que quero esse mundo (e disse-lho!).
E agora que descomprimi do entusiasmo, deixa-me ir ler as provas... (tenho pena que seja tão difícil e burocrático e custoso publicar neste país, mas enfim, o mundo já está muito internacional e, no paradoxo que possa parecer, somos internacionais porque herdeiros de uma época em que houve os Burtons e os Spekes, os Capelos e os Ivens).
1 comentário:
Olha, a Blonde VOLTOU ! Por onde terá andado este tempo todo ???
Esperemos que seja para ficar!
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