Muito parecida com o mano. Totalmente diferente do mano. A Tia só tinha o mano como experiência e depois vieste tu. A Tia pensava que ia ser tudo parecido como tinha sido com o mano. Pois... E, assim, a Tia levou uma grande lição de vida: somos todos diferentes e a diferença começa justamente quando começamos. É bom e a Tia ficou com dois sobrinhos maravilhosos, cada qual uma pessoínha com a sua identidade e a sua personalidade próprias e é isso que a Tia deseja: que cresçam iguais a vocês próprios.
Mas a Tia hoje quer mesmo é falar de ti e de como contente está que tenhas chegado: linda, observadora. Tens uma elegância contida que faz a Tia querer muito ver como serás quando cresceres. Não há nada mais bestial no mundo do que ver como te iluminas quando o mano te vai dar beijinhos e palras com ele e tentas abraçá-lo sem saberes dar abraços. Assim como não há nada mais tão genuinamente teu do que quando cospes a chucha assim que vês papa a ir ao teu encontro e arregalas os olhos como se o mundo se te mostrasse em todo o seu esplendor.
Muitas vezes a Tia pensou em coisas muito pequeninas e comezinhas que a tua existência calou. A quem iria a Tia dar as jóias de todas nós e os vestidos? A Tia sabe que são fúteis e parvas essas questões e fica feliz, na sua futilidade, que já não tenha de se deter, por mínimo que seja, nessas ditas futilidades. E, sabes que mais?, se calhar não é assim tão fútil pensar em quem nos herda passados no feminino e no masculino. Ao Poder que nos fez, e que vos fez, a Tia agradece a cada dia porque há um Manuel e uma Margarida a viverem nas nossas vidas e a tornarem-nos grandes e humanos no que de pequenino e comezinho e no que de gigante tem a experiência do amor incondicional e eterno.
Parabéns, Margarida! Ao primeiro ano de todos e muitos que vieste e em que permanecerás para dares mais luz a este mundo. A Tia adora-te.
1 comentário:
uma vida nova é sempre uma descoberta
e quantas descobertas
em todos os olhos
novas
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