26 de maio de 2014

Voto SEMPRE

Votei no dia em que a Mãe morreu antes de ir ter com ela à morgue.
Voto porque, como mulher, mulheres houve que me representaram e as mulheres sempre foram cidadãos de segunda.
Voto porque, como portuguesa, gente houve que lutou pelo voto universal de que eu beneficio.
Votaria, como alemã, porque a História não se apaga.
Não percebo a abstenção, que entendo como um desrespeito à cidadania, à nacionalidade e ao passado.
Não entendo o voto em branco porque a não-opinião nunca levou a lado nenhum.
Entendo o voto de protesto. Entendo o voto nulo. Um e outro o exercício de voto.
E entendo o voto no costume num país sem grandes escolhas, encalhado, como dizem os ingleses, "between a rock and a hard place", já que não gosto do aforismo português que nos mete entre a espada e a parede: a espada mata.


Posto isto, o que dizer sobre ontem?

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