19 de Maio de 2014:
Recebo, para conhecimento, um despacho do juiz do tribunal cível onde tenho um dos meus dois processos de divórcio a correr. O juiz mudou. O processo deu entrada em 2008.
O novo juiz "convida" o réu a fazer prova de montantes pedidos, justificativos para os mesmos e proveniências de dinheiros no prazo de dez dias.
Espanto-me e não quero acreditar que foram precisos quase seis anos de nada e a mudança de um juiz para a justiça requerer provas à parte que nunca as prestou.
Na incredulidade do súbito, invade-me uma onda de esperança e eu tenho receio de ter esperança à conta de todas as esperanças frustradas destes quase seis anos. Tento refrear a esperança e tento conter a ansiedade dos próximos dez dias.
Dez dias. Dez dias é o que me separa da liberdade ou da continuidade da litigância da mentira. Temo a última na exaustão que levo deste percurso de enviesamentos e contrariedades. Anseio pela primeira mas tento convencer-me de que não me posso deixar enganar por miragens. Queria tanto que o fim fosse isto e que fosse agora. Sei que da parte contrária não virão provas. Poderão vir novas revoadas de mentiras e vacuidades e é isso que me extenua e me faz descrer da justiça lenta e crédula nos não factos e nas não-provas. Peço forças para o que me espera na batalha. Peço a pressa dos dias enquanto fecho os olhos para não me pôr a visualizar metas. O coração palpita-me de stress e não consigo dormir.
Meu Deus, que seja desta.
1 comentário:
Espero que seja desta.
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