A minha Mãe nasceu com a Primavera. Andorinha trazida como no adágio popular. E, como no adágio, a Mãe morreu mas não a Primavera. Faria hoje 74 anos e seria ainda muito cedo para ficarmos sem Ela.
Custa-me a orfandade a cada dia e a cada inspiração que me faz viva e que eu conto como uma a menos no caminho incógnito que mais me aproxima Dela. Mas hoje não quero a morbidez da tristeza. Hoje chega a Primavera e a minha Mãe era tal e qual a Primavera que a trouxe. A minha Mãe era alegria primaveril contagiante e é assim que sempre residirá nos nossos corações e nas nossas memórias: linda e alegre como a Primavera.
Amo-te mais que a tudo, Mutti...
1 comentário:
Que pena que o Céu não exista para abraçarmos quem amamos aqui na Terra! Tudo o que para lá existe é pó das estrelas num vazio escuro! Serão os que amamos o tal pó das estrelas? Se assim for como nos reconheceremos?
D.
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