Chego de novo ao Grand Canyon, um regresso ao canyon mas a um sítio onde nunca tinha estado: Eagle Point. Acho que se percebe bem a designação de Eagle Point, a formação rochosa que a erosão esculpiu em forma de águia de asas abertas. Uma águia colossal, como colossal é este canyon. Eagle Point é no West Rim, a margem ocidental, digamos assim. Em 2010, estive no South Rim e foi aí que me apaixonei perdidamente pelo Grand Canyon jurando-lhe amor eterno e eterno retorno. O East Rim é Horseshoe Bend, onde estive já nesta viagem. Falta-me só o North Rim para completar o círculo.
Percebo bem porque os Hualapai creiam este sítio como território sagrado. Também eu me sinto em solo sacralizado por uma Natureza-Mãe omnipotente e eterna. Fotografia nenhuma consegue alcançar a dimensão rochosa que os meus olhos contemplam boquiabertos. A espectacularidade do Grand Canyon é um eufemismo. Tento palavras nas línguas que conheço e nenhuma consegue exprimir este gigantismo. Sinto o canyon com o coração, a alma e os olhos. Renovo-lhe promessas de amor eterno e agradeço à Vida que me permitiu conhecê-lo e ao Planeta que o esculpiu. Já corri mundo, é certo, mas o Grand Canyon está merecidamente num dos lugares cimeiros das coisas mais surpreendentes que já me foram dadas a ver. A Natureza livre e esplendorosa é isto.
1 comentário:
"Teimosia" de um rio, vão lá milhões de anos e outros milhões terá pela frente, muitas das vezes vigiado pelos também imponentes condores!
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