O cair da tarde apanha-me na estrada a atravessar a fronteira para o Nevada. Mudo a hora nesta sucessão de fusos horários que me acompanha desde que, há treze dias, saí de Houston no já distante Texas. Trago a alma e os olhos cheios do canyon e das joshuas trees. Venho do deserto e, no horizonte, aproxima-se velozmente Las Vegas, a cidade que se arrancou à areia.
Dificilmente haverá maior e tão mais paradoxal contraste do que o deserto dar lugar a uma cidade que vive de vícios, turismos, excessos de toda a ordem e para onde eu sigo com um propósito que me faz igual às massas que buscam esta cidade. Detestei Las Vegas a primeira vez que aqui estive há uns anos. Nunca pensei regressar. Jamais!, diria a quem me perguntasse. Sei que novamente não irei gostar da cidade mas, palpita-me, vou levar daqui algumas das melhores recordações da minha vida, não por causa da cidade mas por causa do meu coração...
1 comentário:
Sempre dissemos que não tínhamos nenhum interesse em ir a LV, mas um dia no tal Setembro de 2013 porque tínhamos decidido atravessar o Death Valley e a melhor forma de o abordar era precisamente a partir de aí, lá fomos. E não sabe que adorei presenciar toda aquela loucura?! Ficamos no Stratosphere H. que tem lá no topo um Rollercoast e de onde há gente que se atreve a fazer "jumping", uma loucura! Passear pela Strip não tem descrição!!
P.s.Não meti um único "dim" em nenhuma máquina, mesmo obrigando-me a passar numa centena delas antes de conseguir apanhar o elevador até ao quarto!!
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