Tão perto e tão longe os dias de férias. A semana final antes da paragem para o Verão é sempre a mais custosa de passar e a mais laboriosa. Pontas e mais pontas soltas que têm de ser atadas, o tempo com pressa de fugir sem chegar para nada e o tempo que não passa em paradoxo.
Este ano as férias serão um regresso a um local meu não-meu. Adiei esta ida onde irei por vários anos. Há uma despedida que me aguarda e da qual tenho vindo a fugir. Não posso, nem devo, nem quero adiar mais por isso vou. Por outro lado, devo ao homem que me casou em Las Vegas o encontro com o sítio para onde o levo, o conhecer o alguém que me espera no destino. Quero, como quero, que ele conheça este sítio meu e não-meu. Quero mostrar-lho. Quero que ele conheça as pessoas do meu passado e o meu passado, as minhas origens, a minha língua primeira, a geografia da minha familiaridade. Quero levá-lo aos meus locais preferidos e escondidos e mostrar-lhos com um sorriso.
Virão também os padrinhos americanos que nos casaram em Las Vegas. Agora que se tornaram família também lhes quero mostrar esse pedaço de mundo do qual tão longe vivo e do qual tanto e tanto me vou, e cada vez mais, afastando. Vai ser "giro" acho. Emocional e emocionante. Aguardo e antecipo a viagem. Conto em decrescente. Está quase e só falta o quase...
1 comentário:
Nesses sítios, que pareço adivinhar não terá calor, como sempre acontece aqui no Yorkshire, onde também foram algumas saudades que cá me trouxeram...
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