Outras das minhas actividades infantes quando vivia em Bremen era vir com os Heils, ou com os meus pais, ou com os Heils e os meus pais, à beira do rio Weser, o rio que atravessa Bremen e dsagua no Mar do Norte a uns 60 kms de distância numa cidade portuária chamada Bremerhaven (literalmente Porto de Bremen) que, estando separada de Bremen faz parte da cidade-estado-Bremen (coisas do federalismo). Vínhamos aqui para eu atirar pão e migalhas aos patos e às gaivotas. Adorava! Havia dias gélidos em que vínhamos, que o frio aqui não impede ninguém de sair de casa, e eu recordo a nossa respiração fazer nuvens brancas e de dar as migalhas aos patos com as mãos metidas numas luvas que só tinham polegar e o resto era uma saquinho aconchegado para os outros dedos. Vinha toda enroupada e gorro até debaixo das orelhas e vinha feliz junto da água para tratar da bicharada avícola.
Hoje passeio com o meu marido por estas margens. Conto-lhe as histórias das minhas lembranças e é como se eu nunca tivesse saído daqui e este regresso um mero repegar da vida. Olho à volta e apetece-me dizer: Bremen, olha o que eu fiz da minha vida!
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