27 de julho de 2019

Da vida no campo

Viver no campo não tem o glamour da vida na cidade. Aqui não temos museus, cinema, restaurantes da moda com pratos super-instagramáveis, não temos street art, nem bulício internacional. Somos uns saloios que não gostam de confusão. Eu sou um híbrido nascido numa cidade grande, num país estrangeiro que trabalha numa capital movimentada e que aguenta as idas e vindas só para vir dormir a casa, no campo, rodeada de verde, sem cinemas, nem restaurantes de comidas super-instagramáveis. Mas aqui sou-me e tenho-me e chegar a casa ter na mesa à minha espera o fruto da terra e do trabalho do Homem que comigo repartem estas gentes campestres é impagável. se eu podia viver na cidade? Poder podia mas não me seria o que sou.
Obrigada, a quem aqui neste meu campo me abraça em generosidade.
Esta semana deram-me maçãs, pêras, amoras, pimentos, tomates, pepinos, courgetes e salsa. Calhou esta semana, noutras dão-me outras coisas na circularidade do Tempo da terra...

2 comentários:

Dalma disse...

Só quem não vive no campo é que não sabe o que isso é! O meu campo, que não é meu, mas dos vizinhos que ainda têm oliveiras, ovelhas, galinhas de capoeira (das quais ás vezes usufruo dos ovos e uma vez por outra de um pato pronto a passar a arroz) está para lá do meu portão do fundo. Este portão faz barulho quando se abre e se fecha e assim criou nas ovelhas da D. M. José o “efeito Pavlov”! Assim sempre que eu abro o portão lá vem elas de corrida, pois sabem que chega coisa fresca... podas de kiwis, de oliveiras, de laranjeira e mesmo as espinhosas folhas das “blackberries” tudo lhes agrada! Já tenho cortado ramos de oliveira para, quando abro o portão por outros motivos, não as desiludir!

Blondewithaphd disse...

Dalma,
Que coisa gira e boa essa de não desiludir as ovelhas! Amei! :)