Com o Natal a chegar a minha pachorra para enfrentar os empórios do consumismo esgota-se antes sequer de existir. Por outro lado, não embarco nos falsos moralismos que oiço por aí do género: o Natal é só para as crianças, os adultos não levam presentes; ou ai que este Natal a coisa está mal não há presentes para ninguém. Eu acho que Natal sem presentes não é Natal. Gosto de dar e, caramba, gosto de receber e escusam de vir com a história gasta da Festa da Família porque se uma família só for família no Natal algo vai muito mal. Eu faço e tenho festas de família sempre que estamos juntos, o Natal é uma festa diferente porque, lá está, mete presentes, mete outro estilo de decoração, é mesmo no pico do Inverno, mete a percepção religiosa, é diferente e, portanto, nada tenho contra os presentes e outro tipo de pequenos excessos.
Isto a propósito das minhas comprinhas de presentes. Já comecei. E já começaram a chegar as compras. Vêm por FedEx este ano. Como estou danada com quem manda no país, decidi entrar numa de manifestação silenciosa. Eu sei que, mais do que nunca, devia dar um exemplo de altruísmo patriótico e ir esbanjar o meu dinheirinho cá dentro da economia. Mas, e eis a questão, isso é o que eu faço o ano inteiro: devolvo à economia, em diversas formas consumistas, o que ganho. O Estado agradece das maneiras mais obtusas com que actualmente nos confrontamos. Por conseguinte, neste Natal, resolvo egoistamente não devolver à economia da maneira habitual. Não é que faça falta o meu contributo, mas deixem-me, ao menos, pensar que me estou a revoltar.
Mais que não seja, pelo menos, vou dar presentes muito originais...
4 comentários:
Adorei o início deste post, vou já enviar-te a minha morada. Fedex aí o meu presente.
(respondi-te lá no meu sítio.)
Por FedEx... isso dói muito?
Eu e o natal.... :(
Cada um revolta-se como melhor lhe aprouver!
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