31 de janeiro de 2011

Pudim de Pão Blondíssimo



Apeteceu-me pudim de pão. Fiz um Google. Pareceu-me tudo muito complicado. Muitas misturas em tigelas separadas, muitas cozeduras em banho-maria no forno (nem sabia que isso existia), muita chatice para uma Blonde dona-de-casa. Resolvi inventar um e... não é que ficou mesmo um pudim de pão?! Sim, um pudim de pão pudim de pão! Estou mesmo orgulhosa da proeza!
Cá vai, com direito a retrato antes e depois.

Ingredientes
Pão (usei um resto de pão normal e um terço de uma bolinha)
400ml de leite (a única medida que sei porque usei dois pacotinhos mini)
Açucar a olho
2 ovos
um cálice de Madeira
canela a gosto
açucar caramelizado para barrar a forma

Demolhe-se o pão no leite. Junte-se os ovos inteiros (convém sem casca), o Madeira, a canela e o açucar. Passe-se com a varinha mágica. Verta-se o preparado numa forma barrada com açucar caramelizado e leve-se a cozer em banho-maria na panela de pressão por vinte minutos.
Voilá!

No fim, só sujei uma tigela, fiz tudo ao mesmo tempo e despachei o banho-maria que foi um primor. Blonde que é Blonde é muito despachada em romances com a tacharia. Digam lá que não ficou com aspecto yummi...

30 de janeiro de 2011

Olha quem ressuscitou!!



Depois dos Take That aparecem estes de novo. Mais à frente no ano vêm os ABBA (e esses até já estou em pulgas).
Duran Duran cinquentões, se eu alguma vez imaginava... Life, estou a ficar velha! - mas boa!;)

All you need is now.

28 de janeiro de 2011

Eu até gosto do Egipto...


... quer dizer: tenho mixed feelings. Já lá ia morrendo (de morrer, claro). Já lá me iam raptando. Já lá ia levando uma coça (também daria que eu não sou de me ficar, ora essa). Mas também já lá me avaliaram em 600 milhões de camelos (manganões!). Conheci coptas e núbios. Convidaram-me para chás em casas desconhecidas. Entrei à socapa num casamento e deixaram-me ficar. Enfim, o mundo árabe nas suas idiossincracias. Ver o Egipto a ferro e fogo fez-me impressão. Mais impressão do que ver um Hosni Mubarak octogenário emaciado, botoxado e plastificado. Tenho a sensação (certamente enviesada e preconceituosa) de que os países islâmicos jamais saberão viver em democracia. Pode remotamente ser que nesta onda de protestos alguma coisa mude em direcção à modernidade. (Duvido)

27 de janeiro de 2011

Perguntas de alunos

Esta é mais uma pérola saída da twilight zone.
Exame terminado às 20.00.
Manhã do dia seguinte (e por manhã entenda-se cedo).

Aluno - Setôra, já viu os exames?

Blonde PhD - ?!

a). Acabei de ver o PhD por um canudo, com todo o respeito pelos setôres e setôras;
b). Sim, ver uma turma de exames entre as 8 da noite e as 8 da manhã é uma coisa que qualquer setôr, setôra, PhD ou o raio consegue fazer na maior. Nós lá precisamos dormir ou ter vida pessoal! Nah...

26 de janeiro de 2011

Tribunal "Complexo"



Dia longo. Sessão longa no tribunal onde busco a liberdade. Idas e vindas em vaivém para Lisboa. Alongo ainda mais o dia. Não me apetece acabar o trabalho na faculdade e ir enfiar-me em casa. Preciso abstrair a mente que me corre ainda na sala do tribunal. Salto o jantar sem fome. Ando para ver este filme: "Complexo: Universo Paralelo". Apanho a última sessão. A sala enche-se como eu não esperava. E o filme é tal e qual como eu esperava. Não gosto de cinema português. Só que isto não é cinema. Isto é a vida. A vida filmada em documentário clean. Gostei. E louvo o facto de "nos" ver capazes de ombrear com o melhor que se faz lá fora. Parabéns! Aquele Artivist Award é bem merecido!

24 de janeiro de 2011

De volta à investigação

E eu já nem me lembrava o que isso era. Lamentável mundo PhD em que um dia dedicado à investigação é um luxo, uma raridade. Amanhã regressam exames e teses e correcções de trabalhos em barda. Precisava tanto de mais dias, tantos mais, para fazer aquilo que esperam que os PhDs façam...

23 de janeiro de 2011

Eleições e enfim

A Esquerda é uma mixórdia. Tanto candidato e só um de Direita, alguém se admira do resultado? E tanto candidato PS. Para quê? Eu tenho pena do people de Direita. Palavra. Em quem se vota caso não se gostasse do candidato? E tenho pena do people de Esquerda. Com tanta escolha a malta vota em quem?
Enfim, e tenho pena de mim. Lá vou eu cumprir com os meus deveres e direitos cívicos com o meu rico (que me saiu caro como o raio) Cartão de Cidadão e o que é que me pedem? Isso: o Cartão de Eleitor que me esburacaram e inutilizaram na Loja do Cidadão. Isto é normal? Não é, mas tratando-se de Portugal é. Valeu-me a costela germânica e, pelo sim pelo não, levei o cartão velhinho no bolso do casaco. O cartão esburacado que me permitiu tomar parte nos votos de eleições sem história.
Passemos ao FMI que o país já teve o interlúdio cómico antes da hecatombe.

21 de janeiro de 2011

Admirável mundo novo


Começou em lágrimas.
- Gosto tanto de ti, filha. Gosto tanto de vocês...

Eu não sabia que acabaria noutras lágrimas.

Prodigioso mundo quando agarramos na Vida com as mãos.

Dia longo. Tremendo. A lua que se põe na madrugada está grande e perto. Tão perto... Penso que será a única coisa boa do dia que começa e dou-me por feliz por ter a lua como bom do dia. Ou melhor, dou-me por feliz na capacidade de, num dia antecipadamente pavoroso, discernir o bom e ter esse pedaço de bom. O Pai telefona enquanto estaciono ao chegar à faculdade. É sempre o primeiro, sempre. Mas este ano chora. Chora. E desliga em choro. Perturba-me. Chora porque me gosta. Chora porque a Vida se alongou e a bagagem o alquebrou. Chora porque a Frau Hoffmann morreu no dia anterior e a Morte o olha. Chora porque há muitos porques que não interessam e basta que sejam porques.
Amanhece em pleno.
O dia antecipadamente pavoroso cresce. Vai-se esfumando no muito que me acompanham, no muito que me falam, no muito que me rodeiam, no muito que me fazem sentir pessoa; pessoa boa. Eles sabem que gosto deles naquela envolvência morna de pastéis de Belém regados a Nós. Ainda me surpreendo na coincidência supra-cósmica de nos termos nos termos em que nos temos. Sou feliz nesse aí, num dos aís em cenário da minha Vida.
A lua levanta-se quando saio da cidade e regresso ao meu campo de cheiro a chaminé de lareira acessa. Está cinematográfica. A lua laranja com farrapos de nuvens que se atravessam na luz de neblina de lua grande perto da terra. O contraste com a fila de faróis encarnados à minha frente lembra-me o prodigioso do dia antecipadamente pavoroso que se esfumou. A lua leva-me para casa no privilégio de ter a lua que eu pensava ser o único pedaço de bom do dia, quando foi, apenas, premonição de bom que eu não interpretei.

A banda sonora é uma canção de amor mau. Por muito que eu não quisesse, ou queira, é a minha canção de sempre. Talvez seja a música. Talvez a voz da Mary J. Blige. Talvez o Bono que canta One, quando One é, claro, uma impossibilidade e a impossibilidade sempre me desafiou. As imagens correm no televisor. Começam na Austrália e eu não sabia da existência destas imagens. O zero absoluto. One é isso. One sou eu comigo. E eu nasci para mim na solidão da Austrália. Choro que me farto. Vejo-me nas imagens que correm embrulhadas naquele One em banda sonora. Vejo-me ali e só me vejo em Graça. Correm num círculo que se fecha há uns dias apenas na mulher que olha o mar no voo das asas recém-abertas. O amor mau dá uma banda sonora paradoxal, uma banda sonora redonda repetida à exaustão. O amor mau da banda sonora serve-me as imagens desta Vida admirável.
Love is a temple
Love the higher Law...
One Life
You got to do what you should.

Acho que foi o melhor presente de sempre. Talvez, afinal, no dia antecipadamente pavoroso, o melhor aniversário de sempre.
Somos a soma das nossas escolhas, diria o Woody Allen. As imagens correm e neste pós-dia revejo-as em repetição sobre repetição. O melhor presente de sempre quando alguém que não Nós nos oferece o Eu para que o Eu One se reveja em terceira pessoa.

Eu fui à procura do impossível. One. In.

PS - Dedicated to the Ones I love and you that make me One.

17 de janeiro de 2011

No cabeleireiro

Depositam-me três revistas no colo enquanto me arranjam as melenas louras. Apetece-me dizer como o outro: "o choque..., o horror..., a tragédia". Isto a propósito, claro, do interesse voyeurista em torno do fait-divers pitoresco que nos tem ocupado os últimos dias.
Somos tão pequeninos, benza-nos Deus.

Quem quer festa...

Ah pois é! E agora, estas belas horas, resmas de frequências para ver e o que tem de ser tem muita força. Ó com mil milhões de diabos!

14 de janeiro de 2011

I remember Brisbane

Era assim há três anos. Agora está submersa. Estive a dar-me conta das inundações no Estado de Queensland e fiquei parva. Também me lembro de subir o rio Brisbane selva adentro quando fui visitar a University of Queensland, o rio que agora inundou tudo e trouxe os crocodilos e as cobras para as casas das pessoas. Medonho! E lembro-me de sair do aeroporto e perguntar-me porque raio as casas em redor de Brisbane eram palafitas. Estupidamente pensei que fosse por causa do calor e as estacas elevavam as casas para fins de refrescamento. Ideias tontas certamente devidas ao jet lag, só pode. Está à vista.
Agora leio nos jornais que o preço do trigo está a subir justamente devido à devastação das inundações no quarto produtor mundial. Parece-me aquele efeito da borboleta que bate as asas e cria um ciclone na outra parte do mundo.
Até o CBD (o Central Busines District ou a downtown lá do sítio) está debaixo de água. Mais parva fico. Uma pessoa pensa sempre que este tipo de catástrofes nunca chega às grandes cidades e ao mundo civilizado. Está à vista também...

12 de janeiro de 2011

Arroz super easy Blonde


Está giro e sabe melhor!
Digam que não faço umas coisas giras e boas!
O meu receio é começar a gostar de culinária (e se soubessem o que eu cozinhei pelas Festas...).
Arroz inventado super easy Blonde
Ingredientes:
Arroz
Ervilhas
Cenoura
Passas
2 dentes de alho
Azeite
Alourar os dentes de alho no azeite. Juntar o arroz previamente lavado e frigir ligeiramente. Juntar a cenoura em pedacinhos e as ervilhas. Acrescentar água a ferver e uvas passas. Deixar cozer o arroz.
Lecker!

O estado do Estado

O DN anda a publicar uma série sobre o estado a que chegou o nosso Estado. É leitura deprimente mas muito elucidativa.
Aqui.

10 de janeiro de 2011

Também devo ser administradora do BPN

Na Comissão Parlamentar de Inquérito, o administrador do BPN deixou claro que os contribuintes (blondes ou não-blondes) vão pagar a nacionalização do banco. Achei piada à constatação. Gosto sempre que tratem a minha blondice como burrice.
E também achei piada aos sacrifícios pessoais que os pobres coitados dos administradores do dito cujo banco andam a fazer: trocar mails e telefonemas até altas horas da noite, trabalharem ao fim-de-semana, irem de férias com os telemóveis e os portáteis ligados. Que canseira deve ser. Nós, que temos umas vidas maravilhosas, não sabemos nada do que seja essa vida de trabalho sete dias por semana, horas com fartura e férias sem ser férias. Sim, eu também devo ser administradora do BPN mas ando a fingir que sou uma Blonde PhD muito atarefada. Oh, pleeease... Eu tenho de ouvir cada uma!

9 de janeiro de 2011

8 de janeiro de 2011

Artigo de luxo


Que a minha Dona se passa já todos sabemos. Mas agora até eu me passo, tadinho de mim. Então não é que a tipa promoveu-me a artigo de luxo? Ó pá, eu até tenho star quality e tal mas ser promovido a artigo de luxo porque a Dona descobriu que os meus croquetes são taxados a 23% é um bocadinho humilhante. Eu lá tenho culpa dos desmandos do desgoverno humano?
Ó Dona, eu pensava que me achavas artigo de luxo por causa do challet que me deste no Natal, agora por causa de croquetes?!

5 de janeiro de 2011

Tristes teorias

Porque é que dizemos mais estando tristes? Porque nos inspira mais a tristeza que a alegria? Porque nos concentramos melhor em modo triste? Acho os génios tristes e desolados. As cartas de amor tristes são tão superiormente belas às outras, às tolinhas. Porque é que, estando alegre, não tenho nada de jeito para dizer? Também acho os poetas tristes. E tristes e trágicas as divas. Haverá heróis não-tristes? Didos, Ofélias, Cleópatras, todas tristes. Quanto mais não convoca o choro que o riso? E porque se escreve mais a tristeza que a alegria? É como não ligarmos à comédia e nos determos na tragédia. A tristeza pode ser eterna, porém a alegria é episódica. No fundo, no fundo acho a alegria mais enganadora que a tristeza.

4 de janeiro de 2011

Conta da EDP

142.13 euros.
Ok, até pago. Ok, até nem é das vezes que pago mais. Ok, a energia é cara. Ok, ok, ok. MAS...

Porque é que eu pago 86.01 euros desta coisa maravilhosa: "custos relativos ao uso das redes e os custos de interesse económico geral que decorrem de medidas de política energética"? Que raio de bicho é este? Interesse económico geral?? Interesse de quem? Meu?! Medidas de política energética?? Hein? Onde? O quê?
Apetece-me dizer: mas esta gente droga-se? (apetece-me, mas não digo).

3 de janeiro de 2011

E cá estamos

Parece que as expectativas não são lá grande coisa. A ver vamos.
No entrementes, já mudei a agenda. Não trabalhei nada de jeito nas férias (o costume) e tenho as pilhas de trabalho acumulado que trouxe da faculdade a olhar para mim. Bom... parece que é tempo de enfrentar a realidade...