Adoro trovoadas, nevoeiro intenso (excepto se tiver de conduzir), vendavais e chuva de granizo. Adoro as intempéries e o tempo extremo. Gosto que a Natureza nos fala e nos diga que ainda é ela que manda. Gosto do planeta vivo (e do David Attenborough). Mas é claro que só gosto destes fenómenos quando estou protegida da sua violência (não hei-de morrer sem ir para o Kansas fazer tornado-chasing e já sei o que é uma tempestade de areia no Sahara). Já apanhei valentes sustos. Já me vi na impotência e já quase morri. Quando a fúria dos elementos ultrapassa a linha que divide o extremo do mortífero deixo de gostar da linguagem.
Esta noite acordei com os silvos da ventania, acordei com as cargas de água e acordei com trovões. Ainda pensei que voassem telhas, que se partissem as persianas e que a luz do dia me mostrasse o jardim devastado. A noite potenciou o falar da Natureza. Serenou com o dia mas ainda aí está a dizer que, pelo menos hoje, manda Ela.
3 comentários:
Sei como é... o coração pequenino, suspenso do que possa ter acontecido no "Monte dos Vendavais" à beira-mar plantado ! Parece que as telhas ficaram no lugar - são novas e fixadas com silicones, mas nunca se sabe...
Também acordei pelas 4h00 com o vento que se fazia sentir. E também gosto de o ouvir a ele e à chuva...mas desde que esteja a salvo da sua fúria no quentinho dos lençóis...:)
Pois eu também gosto dessas aventuras, mas não gostei nada de ver telhas a voar em casa...
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