30 de maio de 2014
A sociedade da degeneração ou porque é que o Niall Ferguson tem razão
Continua a ser o meu pensador contemporâneo favorito (e uma pessoa extraordinariamente acessível e bem-disposta, a jolly good sport, I tell you).
É uma pena que ele tenha razão sobre a classe política. E uma pena que os políticos sejam exactamente aquilo que ele diz que são.
28 de maio de 2014
The (Un)Caged Bird Sings, Today
A Maya Angelou morreu hoje e só consigo pensar numa perda semelhante em 1960, a da Zora Neale Hurston.
The South has a voice: humming birds and caged souls that freely contemplate the skies. The South has the voice of Zora and Maya.
RIP
The South has a voice: humming birds and caged souls that freely contemplate the skies. The South has the voice of Zora and Maya.
RIP
26 de maio de 2014
Voto SEMPRE
Votei no dia em que a Mãe morreu antes de ir ter com ela à morgue.
Voto porque, como mulher, mulheres houve que me representaram e as mulheres sempre foram cidadãos de segunda.
Voto porque, como portuguesa, gente houve que lutou pelo voto universal de que eu beneficio.
Votaria, como alemã, porque a História não se apaga.
Não percebo a abstenção, que entendo como um desrespeito à cidadania, à nacionalidade e ao passado.
Não entendo o voto em branco porque a não-opinião nunca levou a lado nenhum.
Entendo o voto de protesto. Entendo o voto nulo. Um e outro o exercício de voto.
E entendo o voto no costume num país sem grandes escolhas, encalhado, como dizem os ingleses, "between a rock and a hard place", já que não gosto do aforismo português que nos mete entre a espada e a parede: a espada mata.
Posto isto, o que dizer sobre ontem?
Voto porque, como mulher, mulheres houve que me representaram e as mulheres sempre foram cidadãos de segunda.
Voto porque, como portuguesa, gente houve que lutou pelo voto universal de que eu beneficio.
Votaria, como alemã, porque a História não se apaga.
Não percebo a abstenção, que entendo como um desrespeito à cidadania, à nacionalidade e ao passado.
Não entendo o voto em branco porque a não-opinião nunca levou a lado nenhum.
Entendo o voto de protesto. Entendo o voto nulo. Um e outro o exercício de voto.
E entendo o voto no costume num país sem grandes escolhas, encalhado, como dizem os ingleses, "between a rock and a hard place", já que não gosto do aforismo português que nos mete entre a espada e a parede: a espada mata.
Posto isto, o que dizer sobre ontem?
24 de maio de 2014
22 de maio de 2014
19 de maio de 2014
Regressar
Desta vez venho cansada. Feliz mas exausta. Mal sabia eu, porém, que a chegada à Portela seria a mais feliz de sempre. À minha espera o grito contente que ecoa por entre gentes anónimas de proveniências diversas:
- Tia Bááááááá!
Depois das tantas chegadas da minha vida, chego para ter à espera alguém que ainda há pouco tempo era um ninguém na nossa existência. O Manel foi buscar a Tia. A Tia foi recebida pelo Manel. Por muito que eu possa repetir ou escrever a ideia, nada diz sobre o como a Tia se sentiu por dar-se consciência de que o Manel se juntou ao grupo das pessoas que, ao longo da vida, têm ido esperar a Tia.
E, depois da emoção, é tempo de chegar a Casa, aqui a este campo que me preenche de paz. É chegar e dar conta de que o jardim se transformou nestes poucos dias do meu interregno. Flores por toda a parte e a pujança da Primavera. Soube-me tão bem regressar...
- Tia Bááááááá!
Depois das tantas chegadas da minha vida, chego para ter à espera alguém que ainda há pouco tempo era um ninguém na nossa existência. O Manel foi buscar a Tia. A Tia foi recebida pelo Manel. Por muito que eu possa repetir ou escrever a ideia, nada diz sobre o como a Tia se sentiu por dar-se consciência de que o Manel se juntou ao grupo das pessoas que, ao longo da vida, têm ido esperar a Tia.
E, depois da emoção, é tempo de chegar a Casa, aqui a este campo que me preenche de paz. É chegar e dar conta de que o jardim se transformou nestes poucos dias do meu interregno. Flores por toda a parte e a pujança da Primavera. Soube-me tão bem regressar...
15 de maio de 2014
Continuo sem gostar muito desta cidade
Mas os americanos são irracionalmente apaixonados por ela, o que é que eu vou fazer? Life... ou melhor: Vie...
12 de maio de 2014
Um ano de Maggie
Muito parecida com o mano. Totalmente diferente do mano. A Tia só tinha o mano como experiência e depois vieste tu. A Tia pensava que ia ser tudo parecido como tinha sido com o mano. Pois... E, assim, a Tia levou uma grande lição de vida: somos todos diferentes e a diferença começa justamente quando começamos. É bom e a Tia ficou com dois sobrinhos maravilhosos, cada qual uma pessoínha com a sua identidade e a sua personalidade próprias e é isso que a Tia deseja: que cresçam iguais a vocês próprios.
Mas a Tia hoje quer mesmo é falar de ti e de como contente está que tenhas chegado: linda, observadora. Tens uma elegância contida que faz a Tia querer muito ver como serás quando cresceres. Não há nada mais bestial no mundo do que ver como te iluminas quando o mano te vai dar beijinhos e palras com ele e tentas abraçá-lo sem saberes dar abraços. Assim como não há nada mais tão genuinamente teu do que quando cospes a chucha assim que vês papa a ir ao teu encontro e arregalas os olhos como se o mundo se te mostrasse em todo o seu esplendor.
Muitas vezes a Tia pensou em coisas muito pequeninas e comezinhas que a tua existência calou. A quem iria a Tia dar as jóias de todas nós e os vestidos? A Tia sabe que são fúteis e parvas essas questões e fica feliz, na sua futilidade, que já não tenha de se deter, por mínimo que seja, nessas ditas futilidades. E, sabes que mais?, se calhar não é assim tão fútil pensar em quem nos herda passados no feminino e no masculino. Ao Poder que nos fez, e que vos fez, a Tia agradece a cada dia porque há um Manuel e uma Margarida a viverem nas nossas vidas e a tornarem-nos grandes e humanos no que de pequenino e comezinho e no que de gigante tem a experiência do amor incondicional e eterno.
Parabéns, Margarida! Ao primeiro ano de todos e muitos que vieste e em que permanecerás para dares mais luz a este mundo. A Tia adora-te.
Mas a Tia hoje quer mesmo é falar de ti e de como contente está que tenhas chegado: linda, observadora. Tens uma elegância contida que faz a Tia querer muito ver como serás quando cresceres. Não há nada mais bestial no mundo do que ver como te iluminas quando o mano te vai dar beijinhos e palras com ele e tentas abraçá-lo sem saberes dar abraços. Assim como não há nada mais tão genuinamente teu do que quando cospes a chucha assim que vês papa a ir ao teu encontro e arregalas os olhos como se o mundo se te mostrasse em todo o seu esplendor.
Muitas vezes a Tia pensou em coisas muito pequeninas e comezinhas que a tua existência calou. A quem iria a Tia dar as jóias de todas nós e os vestidos? A Tia sabe que são fúteis e parvas essas questões e fica feliz, na sua futilidade, que já não tenha de se deter, por mínimo que seja, nessas ditas futilidades. E, sabes que mais?, se calhar não é assim tão fútil pensar em quem nos herda passados no feminino e no masculino. Ao Poder que nos fez, e que vos fez, a Tia agradece a cada dia porque há um Manuel e uma Margarida a viverem nas nossas vidas e a tornarem-nos grandes e humanos no que de pequenino e comezinho e no que de gigante tem a experiência do amor incondicional e eterno.
Parabéns, Margarida! Ao primeiro ano de todos e muitos que vieste e em que permanecerás para dares mais luz a este mundo. A Tia adora-te.
11 de maio de 2014
E lá vou eu outra vez...
De há oito anos a esta parte deixei de estar em Portugal no dia de anos da minha irmã. Ocorre que a minha sobrinha, que nasceu o ano passado, também escolheu esta semana para celebrar o aniversário. E, assim, a Tia vê-se confrontada com dois Touros aniversariantes justo quando não pode estar cá. Mas, enfim, a Tia compensa e promete que a Maggie terá sempre um presente de anos original e internacional. O que é que a Tia vai trazer de Paris este ano? Hmm...
5 de maio de 2014
Deram-me as favas e o chouriço
Aqui em Green Acres é tempo de favas. Eu não as semeio mas colho-as. Durante o fim-de-semana, uma vizinha veio dar-me favas já descascadas (Deus lhe guarde a alma) e outra veio dar-me favas por descascar e... chouriço caseiro (Deus a abençoe de igual modo). Ou seja, nos próximos tempos o lar Blonde vai estar muito entretido na preparação e degustação de um manjar que só este país poderia proporcionar. E é por isso que eu adoro este "meu" campo e dou graças por algumas coisas nos perdurarem nestes modernos e esquisitos em que vivemos.
4 de maio de 2014
Feliz Dia da Mãe!
Eu e a Mana não temos Mãe Aqui mas temos a Mana mãe e este ano é o primeiro em que a Mana é mãe duas vezes. Parabéns Mana-mãe! Felicidades! Adoro-te por me fazeres Tia-mãe e por abraçares tão bem o legado da Mãe. (Tens jeito Mana! E surpreendes-me a cada dia.)
2 de maio de 2014
Costumava haver aqui uma praia
E o meu coração caiu depois da descoberta mais de vinte anos depois.
O que vale é que o meu espírito David Attenborough acha uma natural inevitabilidade a erosão da faixa costeira (senão ainda me punha a desejar bulldozers despejando areia em nome de uma coisa chamada época balnear...).
O que vale é que o meu espírito David Attenborough acha uma natural inevitabilidade a erosão da faixa costeira (senão ainda me punha a desejar bulldozers despejando areia em nome de uma coisa chamada época balnear...).
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