Tirando o que se vai passar em Estrasburgo, não me apetece voltar a escrever sobre as infâmias do meu absurdamente longo processo de divórcio. Há, porém, uma necessidade de fechar capítulos e hoje cumpre-se precisamente um mês sobre o acordo extra-judicial que definiu a minha liberdade (homologação ainda pendente na justiça e mais os seus invariáveis atrasos crónicos).
Quase seis anos de litígio e o acordo tem apenas meia página:
. o Réu reconhece que a Autora é a única proprietária de xpto;
. o Réu e a Autora reconhecem que não existem bens comuns do casal.
Assim. Nada mais de especial e eu estive cativa da Maldade, da tal banalidade do mal de que fala a Hannah Arendt, com pleno acordo da justiça portuguesa durante quase seis anos, mais o tempo que se irá passar até os dois juízes homologarem o divórcio. Por mais que eu queira racionalizar ou perceber não consigo. Apenas me consolo num: "Acabou!" O litígio acabou, a justiça ainda não...
1 comentário:
Desejo-lhe muita sorte em Estrasburgo, pelo que vai tentar por todos os que já passaram e irão passar pelo mesmo. Desejo-lhe sobretudo paz de espírito. A vida é muito breve, algo que a Justiça se permite estupidamente ignorar. Paz.
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