Isto de andar fora da estrada batida leva-nos, de quando em vez, àquilo que fica de fora dos postais turísticos. Toda agente sabe da indústria petrolífera do Texas. Tempos houve até que toda uma geração se agarrava ao écrã para ver o Dallas do glamour e das intrigas de uma família que nadava (e às vezes se afogava) em petróleo. Só que nem a série nem os postais do Texas nos mostram o que se esconde para lá do poder do petróleo.
Nem sequer estou no coração petrolífero do Texas, o Texas de Dallas, a série e a cidade. Aqui no distante Sudoeste do Texas pensava-me a salvo do que imaginava ser o que vejo desenrolar-se diante dos meus olhos: campos e campos de exploração petrolífera, a exploração nua e crua dos recursos, a realidade que ninguém nos diz e de que tão pouco queremos saber quando atestamos o depósito. Para nós, a exploração de petróleo é uma coisa longínqua que não nos diz respeito, que não nos interessa e que achamos nem ter nada a ver connosco.
Tem vezes que acho que me enganei na estrada. Só há camiões que transportam maquinaria pesada, a própria maquinaria pesada circula na estrada. Não vê um carro, vê-se, isso sim, a indústria que trabalha para o Carro. Não aprecio e incomoda-me o que vejo. Porém, felicidade também é isto: o privilégio de ir para detrás do espelho e ver o que por lá se aloja. Vou seguindo.
1 comentário:
... portanto assim se confirma por este post que a Blonde não é uma turista mas sim uma viajante.
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