Há a ideia, acho, de que o famoso fora-da-lei Billy, the Kid era originário do Velho Oeste. Bem, ele era nova-iorquino e, quando o pai morreu, a mãe rumou ao Oeste, para o Novo México, e levou-o (aprendi isto com o Robert Redford). Para se safar na vida, roubava gado (nada de glamouroso para um fora-da-lei de lenda). Até que um dia teve a sorte (sim, porque foi sorte) de roubar gado ao maior fazendeiro de Lincoln County, John Tunstall, que, compreensivelmente, não achou grande graça à brincadeira. Só que o nosso Billy era muito bom de pistolas e John Tunstall precisava de cowboys que atirassem bem. Contratou-o e os dois afeiçoaram-se um ao outro. A outra sorte que criou a lenda foi que rancheiros invejosos assassinaram John Tunstall, o que enfureceu o nosso querido Billy que, passadinho dos carretos, jurou vingança e assim entrou nos anais da história do Velho Oeste.
Ora, eu também tinha umas ideias do Velho Oeste e eis que me encontro em Lincoln, Novo México. Nos tempos de Billy, the Kid chamavam-lhe uma boomtown, uma cidade em ascensão. Tinha o saloon, os correios, a prisão (na imagem acima), a rua dos duelos ao meio-dia, a igreja, o cercado para o gado. Mas enganem-se, à nossa escala moderna, Lincoln nem aldeia chega a ser. É uma rua e tudo o que se relaciona com as aventuras e desventuras de Billy, the Kid, cabe nuns escassos metros de rua. Dizem que Lincoln ainda está muito parecida com o que era nos finais do século XIX mas, para mim, nada mais é do que um pedaço de postal turístico nada evocativo da imagem que temos estereotipada do Oeste. Lincoln vive de Billy, the Kid. Gostei de ir mas não insisto em regressar.
1 comentário:
Está América "desabitada" também me atrai!
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