10 de novembro de 2016

Dia 6: Rancho e Oeste

Uma das minhas curiosidades no Oeste era ver se os ranchos são a coisa latifundiária imensa que se vê na televisão. São. Milhas e milhas de vastidão, umas vedações quilométricas e, no meio, um portão a dizer qual o rancho que se perde na vista. Imagino ranchos do tamanho de pequenos países. Imagino ranchos do tamanho do Alentejo e, a esta escala, nem seriam dos maiores. Nisto, o contraste com a Velha Europa é abissal. Somos um continente urbanizado. Contamos a superfície das nossas propriedades em hectares e eles falam em milhas quadradas. Têm espaço e dão-se espaço. É possível conduzir horas a fio em território rancheiro sem ver vivalma, só imensidão.
Acho que me desintoxico neste espaço de céu e terra sem fim. Desintoxico-me da urbanidade, do aperto da agenda e da cabeça sempre a mil à hora. Este espaço é-me calma.

1 comentário:

Ältere Leute disse...

Para quando a "consagração" destes momentos em LIVRO ?