A tarde está azul e quente. Há gente estendida ao sol nas margens do lago, gente que nada com patos que se refrescam na água fresquinha. O calor aqui tem propriedades densas. Não é o calor mais leve e seco de Portugal. É, diria, um calor mais amarelo e menos branco. Lisboa aqui nunca teria a sua incomparável luz branca. Passeamos ao logo das margens do lago, exploramos a vila entrando pela Rosenstrasse, a rua principal, e avistando, ao fundo, a sua Maibaum (explicarei o que é uma Maibaum, uma árvore de Maio noutro post).
Acho sempre lindas as Maibäume e fico sempre uns minutos encantada a ver as figuras que sobem poste acima e que dizem da cidade o que é e o que a faz.
Decididamente, estamos na Baviera. As casas com as fachadas pintadas, as portas e as janelas decoradas, o verde garrido e o azul profundo da paisagem envolvente, as cores fortes que combatem a tristeza dos dias de Inverno e que sobressaem no Verão. Inspiro Tegernsee neste dia de calor acima dos 30º. No regresso a Starnberg, contornamos o lago e apanhamos, como não poderia deixar de ser, uma trovoada de chuva forte que nos lembra que estamos longe do Meridião, caso o fôssemos esquecer.
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