16 de outubro de 2017

Dia 5: Depois da Tempestade

Passava das onze da noite quando, depois de passada a tempestade que nos apanhou no restaurante, nos fizémos à estrada. No caminho, demos com um caos de escuridão que passava à frente da luz dos faróis do carro. Levou-nos mais de uma hora de susto, árvores tombadas a cortar estradas e GPS em constante refazer de rotas até chegar ao hotel. Ao pequeno-almoço do dia seguinte determinámos ir aos sítios onde tínhamos encontrado árvores gigantes tomadas a impedir a passagem. Queríamos ver com luz do dia como tinha sido a escuridão.
Encontrámo-las, às árvores. Colossos abatidos pela ventania já devidamente retirados das estradas, entretanto varridas de destroços e sem sinal aparente de que, poucas horas antes, o mundo parecia ter desabado. Momentaneamente penso em termos comparativos como seria em Portugal se houvesse a quantidade de árvores imensas a impedir a circulação nas estradas. Quantas horas demorariam bombeiros e protecção civil a desimpedirem as vias? Fecho o pensamento porque não me apetecem as comparações e porque, fora de Portugal, olho para o país com olhos sempre mais benevolentes. Siga a viagem.

1 comentário:

Dalma disse...




O GPS às vezes prega-nos sustos com o seu “recalculating”, embora já nos fosse impossível viajar sem ele!
Há uns 10 anos na Califórnia, já não sei o sítio, nessa altura ainda não tinha blog, demos por nós numa cidade algures no meio de um “deserto” onde não encontramos vivalma para perguntar informação... entretanto estávamos numa estrada de terra batida... reencontrámos quilómetros depois.
O ano passado foi na Irlanda que o caprichoso GPS nos levou por um emaranhado de caminhos agrícolas de vira à direita vira à esquerda sem hipóteses de nos situarmos já que a dada altura passou a indicar os nomes em gaélico!!

A aventura irlandesa aqui:
http://noareeiroeporai.blogs.sapo.pt/2016/07/