24 de novembro de 2017

Pedro Rolo Duarte: ao meu amigo

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Não tenho palavras. Fogem-me neste choque em que estou. O Pedro conhecia a Blonde, a Blondewithaphd e a dona da Blonde. Inúmeras vezes mencionou os textos que por aqui lia nos seus programas de rádio em que fazia a revista dos blogues, quando os blogues eram mais populares do que o Facebook. Depois publicou textos da Blondewithaphd na revista que dirigia no Jornal i, "Nós". Implorei-lhe o anonimato:
- Mas não queres assinar com o teu nome? - perguntava-me enquanto eu lhe dava as razões para continuar a ser a Blondewithaphd e não a dona da Blonde. Respeitou a minha decisão.
Um dia convidou a dona da Blonde a tomar café no CCB. Queria falar comigo. Tinha ideias, e claro, ele tinha sempre ideias, e as ideias dele envolviam-me, não como Blondewithaphd mas como eu. Queria que eu escrevesse o romance da minha família. Desafiou-me. Escrevi. Publiquei. Abdiquei do anonimato dado pelo nome Blondewithaphd e assinei por mim própria. 
Mais tarde, convidou-me e ao meu marido para irmos ao "Central Parque" mostrar um brinquedo tecnológico do meu marido para ilustrar um dos episódios sobre a internet das coisas. Fomos. Mostrámos o dito cujo brinquedo para gente grande.
O Pedro era uma presença elegante na minha vida. Estou em choque e não sei como dizer-lhe: gosto muito de ti... Obrigada, Pedro por estares na minha vida, porque sempre vais estar...
RIP

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