Outro marco de Bremen é a Catedral de São Pedro, oficialmente St. Petri Dom mas comummente conhecida por Bremer Dom. Está consagrada à Igreja evangélica alemã mas, naturalmente nasceu como local de culto católico e, durante séculos, foi a sede dos bispos-príncipes de Bremen. A igreja que jaz nas fundações da catedral remonta ao século VIII quando São Willehad aqui chegou em missionação. Depois vieram sucessivos raides viquingues e a igreja foi sendo sucessivamente reconstruída e ampliada. Vale a pena uma visita às criptas medievais da catedral para se ter a noção de como era o edifício nos seus primórdios.
Basicamente, há duas catedrais: a subterrânea e a térrea. Uma de show off imponente e uma de recolhimento, silêncio e paredes despidas de ostentações. Demoro-me mais nesta última e imagino a resiliência necessária à preservação da fé nos tempos dos saques e incursões escandinavas que assolavam a Europa do Norte e as Ilhas Britânicas.
Por toda a catedral, grupos de jovens preparam-se, com os seus mentores, para a cerimónia de consagração que é parte importante do rito evangélico. Não é bem a Crisma católica mas é, igualmente, um ritual de passagem, uma confirmação da fé levada a cabo pelos jovens evangélicos, talvez o passo mais importante na sua vivência religiosa. Porém, o que mais me cativa o pensamento é a mesa posta em permanência na lembrança de que, aqui, católicos, evangélicos, luteranos, o que importa é a congregação em nome de uma fé maior.
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