20 de maio de 2018

Augsburg

Vir à Baviera e não vir a Augsburg é um pecado. Fazer a Estrada Romântica sem passar por aqui é uma impossibilidade e, quem no seu imperfeito juízo o fizesse, teria, julgo, bilhete directo para os quintos dos infernos da ignomínia. Augsburg é das cidades mais antigas na Alemanha e, como o nome deixa antever, uma cidade fundada pelos Romanos como Augusta Vindelicorum em honra ao imperador Augusto. Augusta será, na verdade, um justo epíteto para esta cidade de que tanto há a falar. Tanto que nem sei por onde começar.
Respira-se cultura e história a cada passo que se dê. Augsburg é a cidade-natal do pai de Mozart, de Bertolt Brecht, dos Holbein pintores, dos Fugger (os Médicis do Norte) e, pasme-se, do Wolf Blitzer, o jornalista e pivot da CNN. É uma cidade que me lembra Viena, até no facto de ter, como aquela, um emaranhado tal de cabos eléctricos para os eléctricos (valha-me o pleonasmo) que qualquer fotografia exterior sai uma catástrofe.
Augsburg convida ao passeio demorado e à descoberta do pormenor escondido à vista de todos. É uma cidade simpática, acolhedora, de avenidas largas e amistosa para o peão. Ao Sábado vêem-se noivas por toda a parte já que por toda a parte há sítios apropriados à fotografia perfeita: palácios de portas abertas e salas barrocas, fontes, igrejas de todas as confissões, largos monumentais e praças onde se juntam músicos e grupos corais. Simpatia é, decididamente, um sentimento que esta cidade convoca.

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