13 de outubro de 2018

Central Park

Se não fosse a poluição e o trânsito absolutamente insano, eu não me importava de morar em Nova Iorque. E onde é que eu gostaria de morar? Numa das avenidas viradas para Central Park. Algures ao pé do Guggenheim, ou do prédio onde morou a Jackie O., ou do museu de arte alemã e austríaca. No Dakota Building não gostaria muito por estar associado ao Lennon e ao seu assassinato mas dessem-me um TQualquer Coisa de frente para Central Park e eu de bom grado lá moraria. Mas só no Verão porque eu não gosto de neve e frio e, inclemência por inclemência, prefiro a humidade quente e pegajosa de Nova Iorque no Verão aos nevões do Inverno.
Central Park, esse pulmão mítico de Nova Iorque, era um antro nos anos 80 do século passado. Hobos, junkies, essas denominações para os desalojados e os viciados, faziam do parque o seu "terroir" e era ver este pedaço de verde como o local do crime de todas as "Baladas de Hill Street" e de todos os policiais de Hollywood, mesmo que Hollywood seja a um continente de distância. Depois veio o Mayor Giuliani, numa outra encarnação, e limpou o parque. Restituído à cidade, aos seus habitantes e aos turistas, Central Park é um pedaço de descanso numa cidade frenética. Ali, esquecemo-nos de onde estamos.

2 comentários:

Dalma disse...

Já passeei no Central Park, com neve e sem neve, com neve tal como acontecia com o Mont Royal em Montreal, são verdadeiros cartões de Natal da minha infância!
Não, escolhia mal viver na 5.ª Avenida, na secção do Park, já que aí não há a mínima hipótese de construírem do lado de lá da rua um edifício com enésimos andares que lhe tirasse a vista!
D.

Dalma disse...

Não escolhia mal... (a vírgula no não está a mais!)